A declaração foi feita nesta sexta-feira (6), em reunião ministerial no Planalto
Mateus Omena Publicado em 06/01/2023, às 13h02
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu uma declaração dura aos ministros de seu terceiro mandato, nesta sexta-feira (6), no Palácio do Planalto (DF). A fala do chefe do executivo serviu como um alerta para a conduta de sua equipe no governo. Segundo ele, "é preciso ser político, mas não pode fazer ‘coisa errada’".
O objetivo do discurso era esclarecer que o executivo e sua base de ministros pretendem estabelecer boas relações com o Congresso, para que o governo possa funcionar. No entanto, Lula afirmou que divergência entre as pastas não é necessariamente algo negativo.
“É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda, nós não mandamos no Congresso, dependemos do Congresso --e por isso, cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado ou cada deputada que o buscar”, disse Lula, em reunião ministerial
Aos seus ministros, Lula reforçou que o bom diálogo com deputados e senadores é vital para os próximos 4 anos de governo. Dessa maneira, será possível evitar desavenças em votações e projetos de grande relevância.
‘Cada um de vocês tem a obrigação de manter a relação mais harmônica com o Congresso Nacional. Não tem importância que você divirja de um deputado ou de um senador. A gente não está propondo um casamento, a gente está propondo aprovar uma tese ou fazer uma aliança momentânea em torno de alguma assunto que interessa ao povo brasileiro."
E prometeu: "Vou fazer a mais importante relação com o Congresso que eu já fiz".
A reunião contou também com a presença dos líderes do governo e do PT no Senado, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jaques Wagner (PT-BA).
Por outro lado, Lula reforçou que essas relações não devem se basear em barganhas ilícitas. Ele avisou que quem as fizesse estaria fora da equipe de governo.
“Todo mundo sabe da nossa responsabilidade, da nossa obrigação de fazer as coisas da melhor forma possível. Quem fizer coisa errada, a pessoa, da maneira mais educada possível, será convidada a deixar o governo. E, se cometeu algo grave, deve se colocar diante das investigações e da própria justiça."
A declaração ocorreu após a revelação de que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), tem relação com o ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado por homicídio e apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense.
A nomeação da deputada aconteceu por conta de um acordo com o União Brasil, que conseguiu emplacar outros dois ministros. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, explicou na última quinta-feira (5) que, por enquanto, "não há fatos relevantes" que justifiquem a demissão dela.
“Muitos de vocês são resultado de um acordo político. Não adianta ter o governo tecnicamente mais formado em Harvard possível e não ter um voto na Câmara dos Deputados e no Senado”.
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