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Pimenta promete combater as fake news e a desinformação: “Não haverá ofensas ou ameaças”

Os planos para a Secom foram apresentados em uma cerimônia no Planalto, na terça-feira (3)

Paulo Pimenta assumiu a liderança da Secom - Imagem: divulgação/Magno Romero
Paulo Pimenta assumiu a liderança da Secom - Imagem: divulgação/Magno Romero

Mateus Omena Publicado em 04/01/2023, às 12h53


Ao assumir o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT) anunciou que o governo federal estará empenhado no compromisso de combater a propagação de fake news, que contaminaram a opinião pública e o cenário eleitoral nos últimos anos.

A declaração foi feita na última terça-feira (3) durante a cerimônia de transmissão de cargo, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

“Faremos um trabalho permanente de combate às fake news e à desinformação. A boa informação é vital para a nossa sociedade. Combater as fake news não é uma tarefa fácil e não é uma tarefa simples. Temos que fazer com responsabilidade e com cuidado essa discussão no Brasil”.

Pimenta também deu detalhes sobre o tratamento que será dispensado aos profissionais de imprensa no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “No governo do presidente Lula não haverá muros e nem cercadinhos. Não haverá ofensas ou ameaças. Os jornalistas terão toda a liberdade para exercerem as suas atividades. Haverá fatos, argumentos”.

E continuou: “O caminho a uma imprensa livre e democrática passa pelo acesso dos jornalistas às fontes. É preciso assegurar que eles possam levantar suas questões aos representantes do governo federal sem que sejam tomados pelo receio de serem atacados ou humilhados, simplesmente por cumprirem suas funções”.

O ministro também ressaltou que os trabalhos desenvolvidos ao longo da gestão não serão afetados por questões ideológicas e partidárias. “A partir de hoje, a prestação de serviços e as informações de utilidade pública não serão mais contaminadas com posicionamentos ideológicos para as tomadas de decisões sobre aquilo que deve ou não ser veiculado”.

“É fundamental traçar a fronteira que separa questões ideológicas de temas que devem ser norteados por decisões técnicas ou científicas, de modo que cada uma dessas vertentes seja eficiente em seus propósitos”, acrescentou Pimenta, destacando que essa posição terá
impactos na Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Vamos trabalhar para que a NBR e a TV Brasil voltem a ter papéis específicos. A NBR voltará a ter sua função de TV governamental e terá como objetivo comunicar as ações do governo, enquanto a TV Brasil seguirá como uma TV pública, prezando sempre pela qualidade de seus produtos e das informações levadas ao país”.

Desafios de credibilidade no exterior

Para Paulo Pimenta, um dos maiores desafios da Secom será recuperar a imagem do Brasil como um país democratico e aberto às discussões globais. “É preciso que nossos representantes voltem a conversar com a imprensa estrangeira para fazer com que o Brasil retome o respeito e protagonismo internacional”.

“É fundamental que a informação do que fazemos aqui chegue aos outros países. Só assim o mundo perceberá que o Brasil voltou a ser aquela nação aberta ao diálogo, pronta para juntar-se às grandes discussões globais como um parceiro disposto a trabalhar por um
planeta mais justo, mais seguro e mais verde”, adicionou.

O ministro reforçou que a Secom contribuirá, junto com outras instituições, no processo de união e reconstrução do país.

“Mais do que tudo, a comunicação governamental nesta gestão terá o papel de unir brasileiros e brasileiras e reconstruir um sentido de nação. Nosso país tem desafios gigantescos pela frente e é preciso retomar a mensagem de que a única forma de superá-los é fazermos isso juntos”.

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