A primeira-dama pede indenização de R$ 50 mil, por danos morais
Mateus Omena Publicado em 27/01/2023, às 13h07
A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, abriu processo recentemente contra Pietra Bertolazzi, influenciadora digital e comentarista da rádio Jovem Pan. A emissora também é alvo da ação em razão de danos morais no valor de R$ 50 mil.
A comentarista rebateu a iniciativa de Janja e disse que a esposa do presidente Lula (PT) usava drogas ilícitas e é apoiadora de "artistas maconhistas".
O processo foi distribuído na última segunda-feira (23) e ocorre na 1ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), informou o portal UOL.
“O que busca a autora [Janja] não é mitigar o direito fundamental da liberdade de expressão das rés [Pietra e Jovem Pan]; busca, em verdade, fazer cessar as mencionadas ofensas e se ver reparada por todo o abalo causado a sua honra e a sua imagem, em decorrência do exercício da liberdade de expressão das Rés em detrimento dos seus direitos da personalidade”, declaram as advogadas de Janja, Valeska Teixeira Zanin Martins, Maria de Lourdes Lopes, Julia Caldas Marques e Giovanna Galeotti
Responsável pelo processo, o juiz Cassio Pereira Brisola deu o prazo de 15 dias para que Pietra e a Jovem Pan apresentem suas defesas. Se não for cumprido, os fatos apresentados por Janja serão presumidos como verdadeiros.
Além da indenização, as advogadas de Janja pedem no processo que a Jovem Pan e Pietra se retratem publicamente e publiquem em suas redes sociais a sentença, caso haja condenação.
A primeira-dama também quer que seja determinada a retirada do vídeo publicado nas plataformas da emissora e que sejam pagas as custas processuais e despesas com advogados de 20% sobre o valor atualizado da causa.
A declaração de Pietra foi feita em setembro de 2022, durante a campanha para as eleições presidenciais. Na época, a comentarista comparou Janja com a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem se referiu como uma mulher "elegante, educada, que fala de Deus" e que, por isso, representa uma "ameaça para a esquerda".
“Enquanto você tem a Janja abraçando Pabllo Vittar, fumando maconha, fazendo sei lá o que, você tem uma mulher impecável representando a direita, seus valores, a bondade, a beleza”, disse Pietra Bertolazzi.
Ela também disse que Janja fazia "farofa" em eventos com o marido e citou um encontro no qual o petista realizou uma "super live" com artistas, influenciadores e políticos que endossavam sua candidatura.
"Um monte de artista maconhista ali, que não sabe para onde vai, de onde vem, com uma ânsia enorme por brilho fácil e por dinheiro fácil, também. Todos abraçando a Janja, porque é este tipo de valor que ela demonstra, muito ao contrário da Michelle Bolsonaro".
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