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Polêmica das joias

Defesa de Jair Bolsonaro entrega armas e joias sauditas para a Caixa Econômica Federal; veja detalhes

A entrega foi realizada durante esta sexta-feira (24)

Toda a polêmica envolvendo as joias e armas dadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parece estar chegando ao fim - Imagem: reprodução/G1
Toda a polêmica envolvendo as joias e armas dadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parece estar chegando ao fim - Imagem: reprodução/G1

Thais Bueno Publicado em 24/03/2023, às 15h13


Toda a polêmica envolvendo as joias e armas dadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parece estar chegando ao fim.

Isso porque, de acordo com informações do UOL, a defesa do político já entregou todos as joias para a Caixa Econômica Federal, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (24). Entre os itens devolvidos, estavam relógio, caneta, anel, abotoaduras e um masbaha (tipo de rosário tradicional da religião islâmica).

Vale mencionar que, segundo o veículo já mencionado acima, todos os acessórios eram da marca suíça de diamantes Chopard. Os advogados de Bolsonaro também levaram as armas que ele ganhou até o setor de polícia administrativa, que fica na sede da Polícia Federal.

Paulo Cunha Bueno, advogado que representa o ex-presidente, confirmou a informação em depoimento ao G1. "Já estão entregues, já estão custodiadas aqui na Caixa".

Após a retomada, a PF afirmou que recebeu "as armas presenteadas pelos Emirados Árabes Unidos à autoridade em viagem ao país" e que elas "serão periciadas, acauteladas e permanecerão à disposição do TCU (Tribunal de Contas da União)".

A corporação ainda explicou que tratavam-se de armas marca Caracol, modelo CAR 816, calibre 5,56, além também de uma pistola da mesma marca, modelo 1911, calibre 9x19mm. Para quem não se lembra, elas foram recebidas em 2019, durante viagem aos Emirados Árabes Unidos.

A entrega das joias e das armas pela defesa de Bolsonaro responde a determinação do TCU, que foi apresentada no último dia 15 de março.

Para explicar a decisão do Tribunal, o ministro Bruno Dantas afirmou que, para que as joias e armas fossem consideradas patrimônio privado do então presidente, precisariam ser "de uso personalíssimo" e de baixo valor, o que não é o caso.

Vale lembrar também que, em entrevista recente para a Record TV, Bolsonaro disse que entregaria todos os itens, mas o faria com imensa "dor no coração". Ainda em seu relato, o político ainda comentou que não nunca teve a intenção de "sumir com o material".

Relembre o caso

Segundo informações do Estadão, que vieram a público no dia 3 de março, o governo Bolsonaro estava sendo investigado porjoias trazidas de modo ilegal ao Brasil.

Os acessórios teriam sido presentes do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, que fez uma visita ao país árabe em outubro de 2021 junto com a comitiva do ex-presidente.

As joias eram: um anel, um colar, um relógio e brincos de diamantes. Os itens de luxo foram consficados na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, localizado na cidade de São Paulo. As peças foram encontradas na mala de um assessor de Bento Albuquerque, antigo ministro de Minas e Energia.

De acordo com o documento publicado pela Receita Federal, ainda que tenha recebido várias orientações, o ex-presidente não tentou regularizar e também não apresentou um pedido fundamentado para incorporar as joias ao patrimônio público.

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