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Luxo

Joias de Bolsonaro: vazam imagens detalhadas das peças; veja

Os itens avaliados em R$ 16,5 milhões estão guardados em uma área de segurança de SP

Joias sauditas: veja imagens detalhadas do acervo que Bolsonaro tentou trazer ao Brasil - Imagem: TV Globo
Joias sauditas: veja imagens detalhadas do acervo que Bolsonaro tentou trazer ao Brasil - Imagem: TV Globo

Nathalia Jesus Publicado em 10/03/2023, às 08h53


No depósito do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, a polícia mantém em um esquema fortíssimo de segurança as joias sauditas que supostamente o governo Bolsonaro tentou trazer para o Brasil de forma ilegal, em 2021.

Um colar de ouro branco com dezenas de pingentes, todos cravejados com diamantes. Um par de brincos, um anel e um relógio de pulso, todos feitos em ouro e pedras preciosas, fazem parte do conjunto de uma das marcas de luxo mais famosas do mundo, a Chopard.

O Jornal Nacional teve acesso exclusivo à área onde os itens avaliados em R$ 16,5 milhões estão sendo armazenados pela Receita Federal. O conjunto de luxo foi apreendido pelo órgão em 2021, na mochila de um assessor do Ministério de Minas e Energia, em outubro daquele ano.

O depósito fica em uma área restrita do aeroporto, que é fortemente vigiada 24h por dia. Dentro de um pequeno envelope fica a chave que dá acesso a caixa de couro revestida de veludo que guarda toda a joalheria.

Veja as imagens dos itens luxuosos:

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Relógio da joalheria suíça Chopard que fazia parte do conjunto apreendido em 2021. Imagem: TV Globo
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Detalhes dos brincos, anel e colar da marca Chopard apreendido pela Receita Federal. Imagem: TV Globo
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Detalhes do colar da marca Chopard preso pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, em outubro de 2021. Imagem: TV Globo

O caso

Em outubro dde 2021, a comitiva do governo do ex-presidente Bolsonaro recebeu do governo saudita um conjunto de joias da Chopard que contava com caneta, relógio, abotoaduras e um tipo de rosário. Os itens foram divididos em dois pacotes.

Um dos pacotes, que continha um relógio, escapou da fiscalização da Receita Federal e, segundo informações do tenente-coronel Mauro Cid, teria sido embalado e catalogado na mudança de Bolsonaro como um bem do ex-presidente.

Porém, o ex-auxiliar de Bolsonaro não explicou o porquê desse presente só ter sido declarado um ano depois de ter entrado no país e sem a comunicação ao Fisco.

O tenente-coronel também não soube dizer por qual motivo os itens, que foram dados como presente do Estado, foram levados pelo ex-presidente como acervo pessoal, o que não é permitido pela lei.

O outro pacote, que era trazido na mochila do assessor do Ministério de Minas e Energia, foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos, já que o governo não havia declarado como um presente de Estado e nem pagou os impostos devidos para a entrada das joias como itens de acervo pessoal.

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