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GOVERNO LULA

Com queda na popularidade, Lula diz a ministros que governo tem que 'fazer muito mais'

Durante a reunião ministerial realizada nesta segunda-feira (18), o presidente Lula afirmou que as medidas do governo até agora são apenas o início

Durante a reunião ministerial realizada nesta segunda-feira (18), o presidente Lula afirmou que as medidas do governo até agora são apenas o início - Imagem: Reprodução/Instagram @lulaoficial
Durante a reunião ministerial realizada nesta segunda-feira (18), o presidente Lula afirmou que as medidas do governo até agora são apenas o início - Imagem: Reprodução/Instagram @lulaoficial

Ana Rodrigues Publicado em 18/03/2024, às 12h35


Durante a primeira reunião ministerial ampla de 2024, que aconteceu nesta segunda-feira (18), o presidente Lula afirmou que as medidas tomadas pelo governo até agora são apenas o início, e que a equipe ainda tem que fazer muito mais.

De acordo com o g1, o encontro aconteceu no Palácio do Planalto e foi convocado em meio à divulgação de pesquisas de avaliação do terceiro mandato de Lula, que apontaram queda na taxa de aprovação.

Todo mundo sabe também que ainda falta muito para gente fazer. Por mais que a gente tenha recuperado Farmácia Popular, Mais Médicos, por mais que a gente tenha feito clínica, a gente ainda tem muito para fazer em todas as áreas. E muito não é nada estranho. É tudo aquilo que nós nos comprometemos a fazer durante a disputa eleitoral", disse.
Nós já gastamos um ano e três meses do nosso mandato. E vocês percebem o quão pouco nós fizemos e, ao mesmo tempo, o quão muito nós fizemos. Isso tudo que nós fizemos é apenas o início, mas isso não basta. Nós vamos ter que fazer muito mais, porque o Brasil estava totalmente abandonado", continuou o presidente.

Fazendo referência à percepção popular sobre o governo, que foi refletida nas pesquisas de avaliação, Lula afirmou que "se as pessoas não falam bem da gente ou bem das coisas que a gente fez, nós é que temos que falar".

O petista ainda disse que, às vezes, cortes de recursos são necessários, mas que o governo terá que fazer um trabalho imenso, para repor verbas e avançar nos projetos.

Muitas vezes tem a necessidade de estar cortando, mas nós vamos ter que fazer um trabalho imenso para repor, porque sem dinheiro, os ministérios não funcionam. E nós precisamos garantir que os ministérios funcionem".

De acordo com o blog da Andréia Sadi no g1, aliados do presidente têm pedido um reposicionamento a respeito dos temas ligados à política externa, relação com o eleitorado evangélico e com a alta no preço de alimentos.

A avaliação desses aliados é que falta coordenação política em torno dessas áreas. Também tem uma percepção de que o campo político vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem conquistado uma parte do eleitorado cristão, ainda distante de Lula.

Ainda durante a reunião, o presidente Lula disse que a religião está sendo "manipulada de forma vil e baixa" no país, e que isso precisa mudar.

A democracia significa que essas pessoas não querem apenas falar da liberdade muito distante. Eles querem falar de trabalho, querem falar de salário, eles querem falar de lazer, eles querem falar de cultura, eles querem falar das coisas que dizem respeito ao dia a dia dele. Um país em que a religião não seja instrumentalizada como um instrumento político de um partido político ou de um governo. Que a fé seja exercitada na mais plena liberdade das pessoas que queiram exercê-la. A gente não pode compreender a religião sendo manipulada da forma vil e baixa como está sendo neste país".
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