Diário de São Paulo
Siga-nos
Diplomacia

Bolsonaro critica a postura de Lula em relação à guerra na Ucrânia

O posicionamento político do ex-presidente já desagradou outros líderes globais, como Joe Biden

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 17/04/2023, às 11h19


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupou críticas ao presidente Lula (PT) por cobrar dos Estados Unidos o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.

O conflito entre os dois países começou em fevereiro de 2022 e já dura mais de um ano, com inúmeras mortes, desabrigados e destruição de diversas cidades.

Bolsonaro repudiou as declarações de Lula sobre a política internacional dos EUA, que, segundo o presidente, "incentivam" a guerra entre Rússia e Ucrânia. As críticas do petista foram feitas em Pequim (China), onde ele esteve nos últimos dias.

"Vexame para a política externa", disse Bolsonaro. O ex-presidente também mencionou Dilma Rousseff e João Pedro Stédile, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que acompanha Lula na China.

“Da China, o cara acusa os EUA de incentivar a guerra. Diz também que o conflito, no momento, só está interessando a [Vladimir] Putin e a [Volodymyr] Zelensky. Lula, Dilma e Stédile, juntos, mais um vexame para a política externa brasileira”, criticou Bolsonaro, no Twitter.

Relações com o Kremlin

Bolsonaro se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin menos de uma semana antes de a guerra na Ucrânia começar, em fevereiro de 2022.

Na época, o ex-presidente disse ser "solidário" à Rússia. No entanto, a fala foi duramente criticada, visto que já existia a ameaça de invasão da Ucrânia pela Rússia. Em seguida, em comunicado, o político explicou ser solidário "a todos os países que querem e se empenham pela paz".

Por outro lado, especialistas também criticaram a visita de Bolsonaro à Rússia, dizendo que o timing foi "muito ruim". A situação ficou delicada, em razão das frágil relação entre Bolsonaro e o presidente norte-americano Joe Biden.

Compartilhe  

últimas notícias