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Entenda a importância da visita de Lula à China

A política externa atual do Brasil busca manter uma equidistância entre as grandes potências, Estados Unidos e China

Entenda a importância da visita de Lula à China - Imagem: Reprodução | lan Santos / Palácio do Planalto
Entenda a importância da visita de Lula à China - Imagem: Reprodução | lan Santos / Palácio do Planalto

Marina Roveda Publicado em 12/04/2023, às 11h47


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará a sua terceira viagem internacional durante o seu terceiro mandato para se encontrar com o presidente Xi Jinping, na China. A visita estava originalmente programada para o fim de março, porém, precisou ser adiada devido a uma pneumonia. O principal objetivo da viagem é restaurar a relação entre Brasil e China, especialmente no nível presidencial, em uma tentativa de equilibrar a atual política externa brasileira, que busca uma equidistância entre as grandes potências, Estados Unidos e China.

A China é o país que mais importa produtos brasileiros, tornando-se uma razão importante para a aproximação entre os países. Além disso, especialistas apontam outros motivos para o estreitamento da relação, incluindo os acordos de cooperação tecnológica e os interesses de ambos os países.

A seguir, confira as principais características da relação entre Brasil e China e como ela pode evoluir nos próximos anos:

- A mudança de governo e de retórica no Brasil

- Os acordos de cooperação tecnológica

- Os interesses que cada um dos dois países têm

- O que o Brasil pode ganhar com uma renovação da relação

- Cada um no seu quadrado: política de não interferência 

Antigo governo 

Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve um discurso antichinês no Ministério das Relações Exteriores. Bolsonaro chegou a afirmar que o Brasil não compraria vacinas da China durante a pandemia. Um dos filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, foi uma das principais pessoas ligadas à administração que se envolveu em atritos com os chineses.

Eduardo Bolsonaro atacou a China em pelo menos duas ocasiões: em março de 2020, quando culpou a China pela pandemia de coronavírus, e em novembro do mesmo ano, quando apoiou uma aliança global para um 5G "sem espionagem da China". A Chinarespondeu, afirmando que esse comportamento poderia gerar "consequências negativas" na relação entre os dois países.

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