Após graves acusações, Bolsonaro quebra silêncio e assume que cometeu "deslizes" no governo; assista

Na porta da casa onde está hospedado em Orlando, nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu falar com apoiadores, nesta segunda-feira (16), sobre medidas adotadas em sua gestão e admitiu pela primeira vez que cometeu "deslizes".

Em um breve discurso, o político disse que durante quatro anos, sua gestão teve alguns "furos" e falou sobre liberdade.

Em quatro anos, todo dia era segunda-feira. Tem alguns furos? Tem, lógico. A gente comete alguns deslizes em casa, quem dirá no governo. Só que em casa a gente sabe quem é o responsável. É sempre nós, os maridos", disse ele.

Ele ainda citou os os ataques terroristas que ocorreram em Brasília no último dia 8 e classificou o episódio como "inacreditável".

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Lamento o que aconteceu dia 8, uma coisa inacreditável. Mas no meu governo, o pessoal aprendeu o que é política, conheceu os poderes, começou a dar valor à liberdade. Eu falava para alguns sobre a liberdade, e eles diziam que era igual ao sol, nasce todo dia, mas não é bem assim não. A gente acredita no Brasil", afirmou.

Assista ao depoimento do ex-presidente:

Acusações contra Bolsonaro

Vale lembrar que, na última sexta-feira (13), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) incluiu o ex-presidente na investigação da autoria dos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

De acordo com o UOL, a Corte acatou pedido da Procuradoria-Geral da República, cujo entendimento é de que ex-presidente é suspeito de incitação ao crime após ter postado vídeo questionando as eleições dias depois dos ataques terroristas. Três horas depois, ele deletou a publicação.

Além disso, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu à Corte a abertura de uma investigação sobre os gastos do cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os dados que vieram a público na última quinta-feira 12 mostram que o ex-cae o ex-capitão gastou cerca de 27 milhões de reais durante os quatro anos de mandato, valor que levantou suspeitas de possível corrupção. Entre as despesas estão hotéis de luxo e gastos pessoais como cosméticos e sorvetes.