A França iniciou nesta quarta-feira (8) o julgamento de um dos ataques terroristas mais violentos da história do país, seis anos após a noite de horror que
Redação Publicado em 08/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h32
A França iniciou nesta quarta-feira (8) o julgamento de um dos ataques terroristas mais violentos da história do país, seis anos após a noite de horror que terminou com 130 mortos em Paris. Um dos agressores está vivo.
O julgamento do megaprocesso, que tem quase 1,8 mil partes civis envolvidas e 20 réus, começou às 13h17 (horário local, 8h17 de Brasília) no imponente Palácio da Justiça de Paris.
Seis dos acusados serão julgados à revelia, e 12 podem ser condenados à prisão perpétua. O processo é tratado como o “julgamento do século” pela imprensa francesa e deve durar nove meses.
O primeiro momento relevante do julgamento deve começar no final do mês e durar cinco semanas, com os depoimentos dos sobreviventes e familiares das vítimas. O interrogatório dos réus acontecerá apenas em 2022.
Presente no tribunal, o franco-marroquino Salah Abdeslam, de 31 anos, é o principal acusado pelos massacres perpetrados no dia 13 de novembro de 2015 no Stade de France, no norte de Paris, nos cafés da zona leste da capital e na casa de espetáculos Bataclan.
Usando máscara, o único terrorista vivo sentou-se no banco dos réus cercado por policiais. O esquema de segurança foi reforçado também do lado de fora do tribunal, devido ao risco de uma ameaça terrorista.
A preocupação das forças de segurança ocorre porque atentados foram registrados no país durante o julgamento do ataque à revista satírica Charlie Hebdo, em 2020.
Primeiro, um homem-bomba detonou seus explosivos perto do Stade de France, onde acontecia um jogo amistoso entre as seleções da França e da Alemanha. Entre os milhares de torcedores nas arquibancadas estavam o então presidente francês, François Hollande.
Outros dois terroristas continuaram a ação, matando um motorista de ônibus. No centro de Paris, dois grupos de três homens cada um dispararam contra as pessoas que estavam em bares e restaurantes e no Bataclan.
Os atentados foram o pior ataque em Paris desde a Segunda Guerra Mundial e deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos.
Reivindicados pelo Estado Islâmico, os ataques ocorreram no momento em que uma coalizão internacional lutava contra o grupo terrorista na Síria e no Iraque (e milhares de sírios tentavam chegar à Europa fugindo da guerra).
Quatro anos de investigações permitiram reconstituir grande parte da logística dos ataques e do percurso dos terroristas: eles entraram na Europa por uma rota migratória da Síria e se hospedaram na Bélgica e perto de Paris.
Os investigadores também descobriram uma célula terrorista muito maior, responsável pelos atentados que deixaram 32 mortos no metrô e no aeroporto de Bruxelas em 22 de março de 2016, outro ataque violento da época no continente.
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G1
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