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Assassinato

Menino de 6 anos que assistiu a execução da mãe dá forte relato: ''Meu coração acelerou''

A mulher foi morta no veículo que estava com o filho no banco de trás

Fabiana Matos foi morta durante uma abordagem policial que, segundo os relatos do filho, não permitiu defesa. - Imagem: reprodução I Metrópoles
Fabiana Matos foi morta durante uma abordagem policial que, segundo os relatos do filho, não permitiu defesa. - Imagem: reprodução I Metrópoles

Juliane Moreti Publicado em 31/01/2023, às 17h46


Na última terça-feira (24), o depoimento de uma criança de seis anos, filho da vítima Fabiana Matos, foi anexado ao arquivo do processo criminal. A mulher foi morta a tiros pela polícia, depois que eles desconfiaram que ela estaria traficando maconha, em Inhumas, Goiânia (GO).

Fabiana foi assassinada há mais de dois anos atrás. Porém, somente agora, o relato do filho (na época, com seis anos), que assistiu os disparos que tiraram a vida da mãe, revelou detalhes do acontecimento, de acordo com informações do Metrópoles.

''Minha mãe estava andando devagar na descida (...) Eles (policiais) não pediram para parar, não falaram nada, não falaram 'levanta a mão', só apareceram e atiraram, o vidro estava aberto e eles atiraram (...) Eu vi minha mãe levar um tiro, meu coração acelerou'', declarou a criança, não identificada.

O caso aconteceu no dia 8 de outubro de 2020. No carro, Fabiana estava dirigindo, com uma parente (prima do menino) adolescente no banco do lado, além do filho como passageiro. Apenas o menino não foi atingido durante a abordagem policial. 

''A polícia apareceu e não falou nada, apontou a arma e atirou no olho da minha mãe e (na) prima, pegou no coração. Depois a polícia me pegou no carro e me levou para minha avó e eu fiquei triste'', acrescentou a criança. 

Tráfico de maconha e destino dos policiais 

Fabiana trabalhava como confeiteira, vendia bolsas e também participava de uma feira na cidade duas vezes por semana. Segundo as investigações, um mês antes de ser morta, Fabiana começou a traficar maconha.

No dia da aborgadem e da morte, ela levava cinco quilos de maconha no veículo em que estava o filho e a adolescente. Parentes e o filho da mulher não sabiam sobre as atividades ilícitas e Fabiana não tinha antecedentes criminais.

Dois policiais, que participaram da ação no dia da morte, tornaram-se reús por homícidio sem permitir defesa da vítma. 

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