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Air France

Áudio de pilotos antes da queda de avião em 2009 é revelado

A divulgação foi feita pelo Tribunal durante o julgamento do caso

Os áudios foram divulgados e mostraram o desespero dos pilotos - Imagem: reprodução / divulgação Extra
Os áudios foram divulgados e mostraram o desespero dos pilotos - Imagem: reprodução / divulgação Extra

Bianca Souza Publicado em 18/10/2022, às 09h19


O julgamento contra o fabricante e a companhia áerea Air France, por homicídio culposo, após um acidente que deixou 228 vítimas em 2009, depois da queda do avião que saia do Rio de Janeiro com destino a Paris, revelou áudios de uma conversa entre os pilotos da aeronave.

De acordo com o canal BFM TV, o gravador que estava  na aeronave foi recuperado em maio de 2011 e mostra a surpresa dos pilotos com o alerta emitido.

Ambos pensaram que estavam perdendo altitude, mas logo em seguida eles percebem que está ocorrendo ao contrário, no entanto, existe algo fora de controle na cabine.

Nos áudios, um dos pilotos pergunta o que está acontecendo. "Que diabos está acontecendo? Não entendo o que está acontecendo!", questiona o co-piloto. Em seguida, o piloto afirma. "Não tenho mais o controle do avião".

Logo depois das tentativas de manobras feitas, os pilotos percebem que a aeronave está em queda. "Estou empinando. Caramba, vamos bater, não é verdade!", disse.

A defesa de algumas famílias das vítimas solicitaram a divulgação do áudio, com a justificativa de que ouvi-los se tornou "absolutamente essencial para esta busca da verdade".

A queda

No dia 1º de junho de 2009, um avião do voo AF447 caiu no meio da noite no Oceano Atlântico, depois de sair do Rio de Janeiro, com destino a Paris.

O acidente causou a morte de seus 216 passageiros e 12 tripulantes. A tragédia foi considerado o desastre mais mortal da história da Air France.

Os corpos, junto aos destroços, foram encontrados nos dias seguintes ao acidente. A fuselagem foi localizada quase dois anos depois, a 3.900 metros de profundidade, cercada de relevos subaquáticos.

As caixas-pretas foram recuperados um mês depois do acidente, e confirmaram que os pilotos, desorientados pelo congelamento das sondas de velocidade numa zona de convergência intertropical perto do Equador. Não conseguiram recuperar e a aeronave caiu em cinco minutos.

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