Diário de São Paulo
Siga-nos

Pânico sobre o Pacífico: o caso dos passageiros sugados para fora de avião

Oito passageiros foram arrancados com seus assentos para fora do avião em que viajavam, em um voo do Havaí (EUA) para a Nova Zelândia, depois que um enorme

Pânico sobre o Pacífico: o caso dos passageiros sugados para fora de avião
Pânico sobre o Pacífico: o caso dos passageiros sugados para fora de avião

Redação Publicado em 04/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h28


Oito passageiros foram arrancados com seus assentos para fora do avião em que viajavam, em um voo do Havaí (EUA) para a Nova Zelândia, depois que um enorme buraco se abriu na fuselagem. Um nono passageiro foi engolido por uma turbina.

O acidente ocorreu dois meses após uma bomba ter derrubado um Boeing 747 sobre a cidade escocesa de Lockerbie, matando 270 pessoas. Por isso, passageiros e membros da tripulação acharam que tinham sido vítimas de um atentado, e que o avião estava caindo, indo na direção das águas do Oceano Pacífico.

Dois sobreviventes dão seu relato dramático no podcast Que História!, da BBC News Brasil, apresentado por Thomas Pappon.

‘Vi um lustre sedo arrancado’

À 01h52 do dia 24 de fevereiro de 1989, um Boeing 747 da companhia americana United Airlines decolou do aeroporto de Honolulu, no Havaí, com 337 passageiros e 18 membros da tripulação, em direção a Auckland, na Nova Zelândia. O trajeto era parte do voo 811, entre Los Angeles e Sydney, na Austrália.

Entre os passageiros, estava Bruce Lampert, um advogado americano que representava justamente vítimas de acidentes aéreos. Ele estava a caminho da Nova Zelândia para suas primeiras férias em 3 anos.

“Eu estava animado com esse voo noturno”, disse ele em 2012 ao programa Witness History, da BBC. “Minha ideia era tirar os sapatos, botar fones de ouvido, desligar a luz, baixar o assento e dar uma boa dormida até a chegada a Auckland.”

Relatório concluiu que a porta de carga abriu por causa de uma falha elétrica — Foto: NATIONAL TRANSPORTATION SAFETY BOARD (NTSB)/BBC
Relatório concluiu que a porta de carga abriu por causa de uma falha elétrica — Foto: NATIONAL TRANSPORTATION SAFETY BOARD (NTSB)/BBC

No mesmo voo estava o australiano Ben Mohide, que voltava para casa com a esposa, Barbara, após férias em Las Vegas.

“A gente não podia sentar um ao lado do outro na classe executiva, eles não tinham assentos disponíveis”, disse ele ao Witness History. “Então fomos sentar juntos em poltronas na classe econômica. A gente estava ali sentado, esperando a decolagem, com a tripulação demostrando os usuais procedimentos de segurança.”

Tudo ia bem, nos primeiros 17 minutos de voo. “A decolagem e a subida ocorreram normalmente”, disse Lampert.

“Mas, de repente, a gente passou de uma situação em que tudo estava perfeitamente normal para tudo terrivelmente errado. Em um nanossegundo houve uma explosão, uma descompressão, e tudo o que não estava preso ao chão ou a um assento estava suspenso no ar. Eu lembro de ver o lustre que ficava pendurado em cima da escada que levava para a primeira classe, no andar superior, sendo arrancado.”

.

.

.

BBC

Compartilhe  

últimas notícias