O estudante publicava, anteriormente, fotos de armas e possíveis crimes relacionados ao sentimento de raiva
Juliane Moreti Publicado em 28/03/2023, às 14h18
Um boletim de ocorrência mostra que a polícia recebeu uma notificação há um mês sobre ''comportamentos estranhos'' do aluno que matou uma professora e deixou outras pessoas feridas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia (SP).
De acordo com o portal R7, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que uma ex-docente que deu aulas para o estudante registrou um boletim de ocorrência contra ele por ameaça, no dia 28 de fevereiro de 2023.
No mês citado, o adolescente fazia parte da Escola Estadual José Roberto Pacheco, localizada em Taboão da Serra (SP).
Já no antigo colégio, de acordo com o documento, o garoto apresentava ''um comportamento estranho nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando armas de fogo e simulando ataques violentos''.
''A secretaria da Segurança Pública informa que em 28 de fevereiro, foi registrado um boletim de ocorrência eletrônico no qual uma vítima acusava um adolescente de 13 anos de ameaça. O documento foi encaminhado no 1º Distrito Policial de Taboão da Serra que determinou a oitiva das testemunhas e notificou a Vara da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar do Município'', descreve.
Ou seja, a Polícia foi notificada sobre as postagens violentas do aluno, que indicavam ações agressivas já em outra unidade de ensino. Após a denúncia, a corporação ouviu testemunhas e acionou as corporações citadas.
Para evitar maiores transtornos, o aluno foi transferido para a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia (SP). Infelizmente, foi onde colocou em prática seus ataques violentos na manhã desta segunda-feira (27).
O adolescente tirou a vida da professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, com vários golpes de faca. Outros docentes ficaram feridos, assim como um estudante, mas receberam atendimento e ficaram bem.
Durante o depoimento, o aluno agressor demonstrou frieza, alegando que tinha um sentimento de raiva e confessou que planejava o crime há dois anos, inspirado principalmente no massacre de Suzano, massacre que também assustou a população paulistana.
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