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Crime

PCC pagava R$ 20 mil por cocaína enviada à Europa pelo Aeroporto de Guarulhos

Um relatório de investigação da Polícia Federal detalhou a descoberta

PCC pagava funcionários do Aeroporto de Guarulhos - Imagem: reprodução Twitter @gruairportsp
PCC pagava funcionários do Aeroporto de Guarulhos - Imagem: reprodução Twitter @gruairportsp

Manoela Cardozo Publicado em 11/04/2023, às 08h37


Um relatório de investigação da Polícia Federal mostrou que cada funcionário de empresa terceirizada recrutado por narcotraficantes para atuar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ganhava R$ 20 mil por mala de cocaína enviada ao exterior.

Conforme informações do UOL Notícias, esse valor era equivalente a mais de um ano trabalhado pelos funcionários da área restrita do maior aeroporto do país, já que, em 2021, a faixa salarial para o cargo era de R$ 1.600 mensais.

A documentação da PF advertiu que a grande quantidade de drogas enviada ao exterior, principalmente para a Europa Ocidental, e o aliciamento de funcionários apontavam para a facção paulista.

No relatório sigiloso, a PF mencionou que cada mala recheada com cocaína rendia pelo menos R$ 20 mil para cada participante do esquema de tráfico internacional de drogas — que envolvia operadores, tratoristas, taxistas, etc.

Ainda de acordo com os agentes federais, nenhuma condenação impediu a ação de narcotraficantes ligados ao PCC.

Desde 2019, crime organizado vem recrutando funcionários terceirizados para enviar drogas ao exterior.

Inclusive, na semana passada a Polícia Federal prendeu sete pessoas, acusados de tirar a etiqueta das malas das brasileiras Jeanne Paolini, 40, e Katina Baiá, 44, e de colocar em outras bagagens com 40 kg de cocaína.

As duas mulheres são inocentes, mas estão confinadas desde o dia 05 de março deste ano em uma penitenciária feminina de Frankfurt, na Alemanha.

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