Diário de São Paulo
Siga-nos
CRIME

Suspeito de assassinar cantora a tiros é denunciado pelo Ministério Público

Ministério Público denuncia homem por matar cantora Shirlene Alves a tiros após discussão em bar

Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), em Goiânia - Imagem: Divulgação / TJ-GO
Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), em Goiânia - Imagem: Divulgação / TJ-GO

Sabrina Oliveira Publicado em 04/07/2024, às 09h50


O homem suspeito de matar a cantora Shirlene da Silva Alves com três tiros foi denunciado pelo crime de homicídio pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo a polícia, o crime ocorreu após a mulher de 36 anos repreender o suspeito por usar o banheiro feminino de um bar em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia.

O trágico incidente aconteceu no dia 17 de março, no setor Jardim Nova Goiânia. A denúncia oferecida pelo MP-GO no dia 1º de julho ainda não foi recebida pela Justiça de Goiás. O suspeito foi preso no dia 16 de abril deste ano, mas foi solto no dia 14 de junho após uma audiência de custódia. Segundo a defesa, a prisão não foi convertida em preventiva.

O advogado de defesa do suspeito, Júlio Mascarenhas, afirmou que "as provas até o momento produzidas não são capazes de afastar dúvidas quanto à autoria do crime" e nem de "demonstrar a dinâmica em que tudo ocorreu". A defesa espera que a denúncia não seja recebida pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

O homem foi denunciado pelo MP por homicídio com duas qualificadoras: motivo fútil e recurso que dificulta ou torna impossível a defesa da ofendida.

O delegado João Paulo Vieira contou ao g1 o suspeito e sua esposa estavam no mesmo bar que a vítima e o marido. Após Shirlene discutir com o suspeito por ele usar o banheiro feminino ao invés do masculino, ela pediu para o marido buscar algumas folhas de babosa em casa. Ao voltar para o bar com as folhas de babosa na sacola, a esposa do suspeito pensou que era uma faca e gritou alertando. "Ela gritou: ‘meu bem, ele está armado’”, lembrou Valdeci, marido da vítima.

Apesar de ver que era uma babosa, o suspeito atirou três vezes contra Shirlene. “Ele tirou a babosa da sacola e mostrou para todo mundo: ‘não é arma’. Deu tempo do suspeito ver que não era uma faca e mesmo assim efetuou os disparos”, afirmou o delegado João Paulo.

A defesa do suspeito emitiu a seguinte nota:

Primeiramente, no que tange à situação prisional do Acusado, vale consignar que sua prisão era Temporária, a qual não foi convertida em Prisão Preventiva, sendo assim, na data de 14/06/2024 ganhou a liberdade. Ocorre que agora no dia 01/07/2024, o Ministério Público ofereceu a Denúncia, a qual se quer foi recebida até o momento, pelo Magistrado. Referente ao mérito da ação penal, a defesa se posiciona no sentido de que as provas até o momento produzidas não são capazes de afastar dúvidas quanto à autoria do crime, muito menos seriam capazes de demonstrar a dinâmica em que tudo ocorreu, sendo assim, como para o recebimento da Denúncia deve haver indícios mínimos de autoria e materialidade, a defesa espera que esta não seja sequer recebida."

O caso segue sob investigação.

Compartilhe