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Após goleada, veja quais são os principais motivos da derrota do Corinthians

Nesta sexta-feira (24), o Bahia goleou o Corinthians por 5 a 1 em plena Neo Química Arena

Nesta sexta-feira (24), o Bahia goleou o Corinthians por 5 a 1 em plena Neo Química Arena - Imagem: Reprodução/Instagram @corinthians
Nesta sexta-feira (24), o Bahia goleou o Corinthians por 5 a 1 em plena Neo Química Arena - Imagem: Reprodução/Instagram @corinthians

Ana Rodrigues Publicado em 25/11/2023, às 16h43


Na sexta-feira (24), o Corinthians levou um baile do Bahia na Neo Química Arena, e o jogo acabou 5 a 1. Esse resultado é devido a uma série de erros cometidos por jogadores, pelo técnico Mano Menezes e pelos fatores extracampo que o clube alvinegro tem enfrentado.

Segundo o UOL, o primeiro erro apontado é o sistema tático. Diante do Grêmio, Mano tentou fazer o time jogar com três zagueiros e repetiu o feito contra o Bahia. Na partida contra os gaúchos, a estratégia durou cerca de dez minutos, devido a expulsão de Bruno Méndez. Já ontem, a tática segurou o dobro de tempo, mas com 2 a 0 contra no placar, ela acabou desfeita por opção do técnico.

Com o jogador Everaldo suspenso, Rogério Ceni surpreendeu a comissão alvinegra ao escalar o Bahia com dois atacantes "móveis": Cauly e Biel. Com uma grande movimentação, eles atormentaram a defesa paulista, que acabou ficando sem referência e totalmente perdida em meio às investidas adversárias, sem saber quem era para marcar.

Trabalhamos a ideia de jogar com linha de três desde o início da preparação tática, mesmo que o adversário tenha vindo diferente do que poderia vir - porque não veio com atacante definido. A gente deveria ter executado melhor porque sabíamos, mais ou menos, o que eles poderiam fazer. O Bidu e o Fagner eram para ser os alas, como iniciamos em Porto Alegre, mas penso que pegávamos a bola e queríamos resolver o jogo com pressa e correndo muito em direção ao gol do Bahia. Eles esperaram a gente errar, e a gente errou bastante", disse Mano.

A formação com três zagueiros deixou - pelo menos na teoria - Romero e Yuri Alberto mais centralizados. O maior problema foi que, os dois protagonizaram pouquíssimas oportunidades de gol durante o 1º tempo e, diante da pressa citada por Mano, o Corinthians tornou-se completamente inofensivo.

A gente tem algumas dificuldades de lado. O adversário ia jogar com um ala longe dos nossos jogadores, então era melhor termos um ala para bater ala contra ala. A questão é que não funcionamos bem e não conseguimos atacar com dois atacantes mais centralizados para ter força ofensiva — que era a ideia. Não conseguimos construir tão bem a partir de um determinado momento porque perdemos toda a tranquilidade".

O quarto erro foi deixar Moscardo no banco. O garoto de 18 anos atuou apenas em oito jogos sob o comando da atual comissão técnica e só perdeu uma vez, contra o Fortaleza, pela Copa Sul-Americana. Depois disso, coincidentemente ou não, Moscardo não participou nas únicas duas derrotas corintianas em dez duelos. Sem o volante em campo, a equipe paulista permitiu uma série de infiltrações do Bahia.

As coisas não andaram. Voltamos no 2° tempo melhores, ficamos com a posse e tentamos chegar até o 3 a 1, mas aí já entramos um pouco no desgaste que temos que cuidar. Tem uma série de coisas. Na minha opinião, ao iniciarmos e produzirmos mal, tudo o que se pensou para o futuro deu errado e por isso terminou 5 a 1", admitiu Mano.

E, por fim, o quinto e último erro é o ambiente tenso que vive o time. O Corinthians está em uma turbulência por conta a eleição presidencial que ocorre neste sábado (24), e que pode tirar a atual gestão do poder após 17 anos. Mesmo após o tiro no muro do Parque São Jorge, o temor sobre adiamenti do pleito e protestos na Neo Química Arena, Mano tentou driblar a influência do cenário político na derrota, mas o ambiente em torno do clube continua pesado.

A proximidade da eleição pode estar mais presente, mas sempre conseguimos trabalhar sem a interferências de coisas externas no nosso dia a dia. Não acho que tenha sido a maior causa daquilo que não fizemos. O clube vai seguir sua vida como tem que seguir. Eu não quero misturar os assuntos. Temos que assumir nossa responsabilidade dentro de campo daquilo que não fizemos", finalizou Mano Menezes.
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