Diário de São Paulo
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Entenda o que são e como acontecem as hérnias abdominais

Se não forem devidamente tratadas, elas podem levar a complicações graves

Imagem: Divulgação
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Dr. Gustavo Patury Publicado em 22/07/2022, às 07h53


O termo hérnia é utilizado pelos médicospara designar uma fragilidade na parede abdominal que pode levar ao surgimento de uma fenda que abre espaço ao extravasamento de material de dentro da região afetada, normalmente gordura ou parte do intestino. Os fatores de risco do problema são as situações que forçam a região abdominal, como obesidade, gestação, constipação intestinal ou pegar muito peso, por exemplo, além de tabagismo, diabetes e herança genética. “O quadro atinge cerca de 10 a 15% da população, mas é mais comum em homens porque a anatomia da pelve deles favorece o surgimento do problema, além de eles terem mais costume de levantar objetos com carga muito alta”, conta o cirurgião do aparelho digestivo Gustavo Patury Accioly, de São Paulo.

Elas podem surgir em locais diferentes do abdômen, mas as mais usuais são a umbilical, ou seja, no umbigo, e a inguinal que pode ser direta, quando aparece na região da virilha, ou indireta, quando afeta o canal inguinal, uma passagem da alça intestinal para o interior da bolsa escrotal, e é a que mais acomete os pacientes masculinos. Elas podem ser assintomáticas ou desencadear dor quando a pessoa faz algum esforço, mesmo que seja pequeno, tossir, por exemplo. Há também uma grande chance de aparecer uma protuberância no local atingido.

Em praticamente todos os casos os médicos indicam cirurgia, especialmente nas inguinais, pois a tendência é que a hérnia cresça levando à chance de parte do intestino ficar preso nela, o que possibilita o seu encarceramento e, em casos mais graves, estrangulamento, o que prejudica a passagem de sangue para o órgãoe pode provocar necrose e até mesmo óbito. “A operação costuma ser feita por vídeolaparoscopia ou robótica e costumam ser necessárias incisões de 3 a 5 milímetros”, explica Patury. O indivíduo normalmente tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte e após 2 a 3 semanas já pode voltar à vida normal.

Sobre o especialista 

Formado pela faculdade de medicina de Teresópolis no Rio de Janeiro. Especialista em aparelho digestivo e referência em cirurgia bariátrica e metabólica e em operações robóticas minimamente invasivas. Atualmente atende na capital paulista como médico cirurgião nos hospitais São Luiz Itaim, Vila Nova Star, e Albert Einstein. Também é Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica.

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