Na esfera da comunicação política temos necessidade de gerar conteúdos constantes, que sejam genuínos, úteis e confiáveis para mandatos e ações de todas as
Redação Publicado em 09/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 18h01
Na esfera da comunicação política temos necessidade de gerar conteúdos constantes, que sejam genuínos, úteis e confiáveis para mandatos e ações de todas as esferas do poder público. Por se tratar de informações que repercutem seriamente na vida das pessoas, não há espaço para erros provocados por fontes duvidosas, motivações financeiras, especulações e espetacularização. Nesses casos, a comunicação deve ser direta, verificável e a mais clara possível. Já na comunicação político-eleitoral temos elementos ideológicos e partidários que devem ser evidenciados, precisam expressar o valor que representam, atingir o público alvo com dados que lhes sejam atraentes e relevantes para conquista de votos.
Nesse sentido, os meios de comunicação têm relevante importância, os canais virtuais ainda mais, pela facilidade e praticidade em chegar ao consumidor final, que é, ou deveria ser, todo aquele cidadão preocupado com a gestão dos bens da coletividade. Este jogo de forças precisa ser equilibrado, as redes sociais deram voz a todos os tipos de pessoas, inclusive àquelas que eram apenas espectadores/receptores de ideias, e agora tornaram-se emissores e/ou produtores frenéticos dos mais diversos tipos de assuntos.
Assim, o volume de conteúdos ou, como alguns profissionais da comunicação costumam chamar: “obesidade informacional” colabora com o esgotamento mental e falta de discernimento entre o certo e errado; isto é, ao mesmo tempo que uma liderança comunitária pretende candidatar-se a algum cargo eletivo e faz uso das redes sociais para divulgar suas ações, há dezenas de outros pré-candidatos utilizando-se de ferramentas duvidosas como Fake News, robôs, impulsionamento ilegal, entre outros, para propagar feitos irreais ou de outras pessoas.
Não podemos deixar apenas para os meios de intercomunicação digital a tarefa de moderação de conteúdos, mesmo tendo baixíssimo custo de operação, também são instrumentos de alucinação social e obtenção de lucros. Ferramentas de comunicação online podem fazer toda a diferença na campanha/eleição de 2022, os últimos pleitos já foram mais virtuais, não só pelas novas tecnologias, que já tornaria natural as eleições focadas na internet, e agora, ainda mais interativa, em razão das restrições de convívio social impostas pelo COVID-19 (Vírus gripal que tem dizimado milhares de vidas pelo mundo) e que ainda estão em vigor.
É dever de todos nós, envolvidos em comunicação, política, mídias sociais e a população em geral, não nos omitirmos a oportunidade, e até obrigação de participar ativamente neste processo de aprendizado e colaboração com a sociedade; este é um ato republicano de atuação cidadã em relação a tudo que está acontecendo em nosso país. Checar referências, cruzar dados em diversas publicações, brecar e denunciar notícias falsas, participar efetivamente e fazer bom uso das liberdades democráticas, são ações que podem nos levar a passos largos em direção a convivências mais harmoniosas.
Marcelo Dutra
Assessor Parlamentar
Cientista Político pela Fundação de Sociologia e Política(FESP/SP);
Especialista em Marketing Político pela Universidade de São Paulo (USP);
Voluntário no Instituto Pra Quem Precisa
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