Lula + Alckmin: Isso pode, Arnaldo?!

José Pereira

Lula + Alckmin: Isso pode, Arnaldo?!

O Brasil assiste, atônito, a movimentação dos partidos e dos políticos presidenciáveis neste ano de 2022 que mal começou e já traz grandes surpresas. A mais recente, a filiação do ex-governador paulista Geraldo Alckmin ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), após décadas no PSDB.

Rivais históricos: o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (condenado na Operação Lava-Jato e depois com as sentenças anuladas); e Alckmin. PT x PSDB. Só que desde o final do ano passado o agora ex-tucano ensaiava uma aproximação, tão improvável quanto impensável até então.

Aparentemente sem o espaço que desejava dentro do partido ora comandado por João Doria, Alckmin não pensou duas vezes e se aliou a Lula, na pretensão de concorrer à vice-presidente da República. Fica claro que a vida política baila conforme os interesses particulares.

Como explicar para a população o bailar desta dupla Lula/Alckmim? Será em compasso de um tango argentino. É o fim do mundo! Até então se relacionavam entre tapas e poucos beijos, mas agora, como num ‘passe de mágicas’, somente beijos e beijos.

É notório o oportunismo, as alianças espúrias. O fato aparenta também uma união de tradicionais forças políticas nacionais contra o dito ‘Bolsonarismo’, que insurgiu na esteira do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que culminou com a vitória de Jair Messias Bolsonaro no pleito de 2018.

Os processos contra ambos foram arquivados, mas os fatos estão aí pairando no ar, como se fossem um fantasma assombrando os políticos. Interessante saber, nas rodas de conversas e depois as urnas, como o eleitor vai entender a dupla ‘pastelão mexicana’. Assim não dá, Arnaldo!

José Pereira, 58, é advogado em Nova Odessa/SP