Rodrigo Constantino
Redação Publicado em 09/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h35
Rodrigo Constantino
Circula nas redes sociais a melhor definição que existe da sensação de se debater com um típico esquerdista. É como jogar xadrez com um pombo: ele defeca no tabuleiro, derruba as peças e sai cantando vitória de peito estufado. Por experiência própria, já vi esse comportamento algumas vezes com colegas de bancada de debates na mídia.
O grande truque deles é repetir que não são esquerdistas, mas sim jornalistas. Insistem naquilo que aprenderam na faculdade no afã de acreditar na própria mentira, como se o jornalista, mesmo o opinativo, fosse alguém desprovido de ideologia, totalmente imparcial, atento somente aos fatos e fazendo análises frias e isentas. É por expor a farsa com tanta frequência que sou detestado por meus pares.
Para começo de conversa, nunca escondi de onde venho: sou um liberal com viés conservador, deixo isso estampado logo na largada. Tenho a minha visão de mundo, e claro que isso influencia a forma como observo os acontecimentos políticos. Busco sempre a verdade, não tenho compromisso com o erro, mas não me vendo como um “isentão” desprovido de preconceitos.
Já meus colegas fazem exatamente isso. Ou melhor: eles tentam. Mas sou a pedra em seu sapato, a mosca em sua sopa, aquele que faz perguntas incômodas que expõem justamente a militância disfarçada de jornalismo. Derrubo narrativas falsas, mostro que a “ciência” deles não tem nada de científico, rasgo o véu que oculta a agenda partidária. Diante disso, eles partem para ataques pessoais, rótulos idiotas ou espantalhos, colocando palavras em minha boca.
Não sou de desistir facilmente, porém, e isso os irrita muito. É preciso ter um estômago forte, admito, para suportar tanta deturpação, manipulação, mentiras canalhas. Mas sou resistente, sigo firme na missão de desmascará-los, e normalmente eles é que desistem no processo, buscando refúgio em veículos de comunicação livres do contraditório, dominados pela hegemonia de esquerda.
Não relato nada disso para contar vantagem, mas sim para ilustrar o fenômeno da nossa mídia. Ela sempre teve viés escancarado de esquerda, mas fingia ser imparcial. As redes sociais furaram essa bolha, e hoje direitistas como eu chegam como alfinetes para estourar essa camada protetora, esse verniz de jornalismo isento. Meus pares não estão acostumados a debater de verdade, pois viviam nessa redoma onde era vetada a entrada de qualquer liberal ou conservador. Por isso eles não aguentam o rojão e buscam guarida em ambientes mais seguros, só com esquerdistas.
A mídia luta para tornar as redes sociais um local menos “tóxico” também, ou seja, sem a direita. São saudosistas do tempo em que só a esquerda controlava as pautas e as narrativas. Mas essa época não vai voltar mais. Eles precisam aprender a debater com argumentos. O problema é que a esquerda, via de regra, vive mesmo da mentira. Por isso querem tanto nos calar…
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