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Progresso e Sustentabilidade

As ações voltadas à preservação ambiental não têm surtido muitos efeitos e passam longe de atingirem as metas planejadas. Políticas Públicas e atos

SUSTENTABILIDADE
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Redação Publicado em 01/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h46


As ações voltadas à preservação ambiental não têm surtido muitos efeitos e passam longe de atingirem as metas planejadas. Políticas Públicas e atos ideológicos, em governos passados, apenas foram úteis para gerar burburinhos e poucos resultados. O conflito entre crescimento econômico e sustentabilidade só vem aumentando e deixando vítimas, como: populações locais que nunca veem a tão falada redistribuição de renda e terras, indígenas que têm seus espaços sagrados profanados por garimpeiros ilegais e/ou madeireiras clandestinas, empreendedores que buscam investir mantendo a preservação ecológica, mas não encontram segurança jurídica e tornam-se presas fáceis para grileiros, bem como especuladores dos mais diversos tipos, fauna e flora que são violentadas em suas mais variadas formas em nome de um progresso acanhado.

Quando os problemas ambientais começaram a fazer parte das agendas internacionais, gestores mundiais tentaram agir de momento, no entanto, ignoraram que a natureza gira mais lentamente que o consumo e, respostas à depredação dos ecossistemas devem prever planejamento e atitudes concretas. Governos estrangeiros buscaram implementar estratégias visando a continuidade da produção de suas nações em detrimento de outras, como o Brasil; ou seja, a exploração interna em seus países continuou, porém começaram a apontar na direção de outras nações, buscando culpados pela destruição ambiental e o crescimento dos fenômenos naturais, que geram tragédias em diversas partes do mundo, como se fosse responsabilidade de uns poucos países. Conforme este raciocínio, os culpados teriam que brecar suas agendas desenvolvimentistas em prol da preservação do meio ambiente.

O equilíbrio ambiental exige medidas bem articuladas, com elementos indispensáveis ao convívio social, respeito às culturas locais, compreensão de características regionais, acompanhamento dos grandes produtores, combate eficaz aos crimes ambientais, mediação das pautas indígenas, diálogo internacional, entre outras. Nesse sentido, um movimento que tem ganhado força é o Environmental, Social, Governance (ESG – Ambiental, Social e Governança). O termo surgiu no início dos anos 2000 em documento do Pacto Global, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), que desde então vem ganhando o mundo em busca de conscientização para ações voltadas aos Direitos Humanos, emprego, combate à corrupção e, em especial, ao meio ambiente. A sigla ESG está diretamente relacionada as ações empresariais e a governos que adotam práticas de preservação e consumo consciente, focando em dirimir problemas internos e externos que impactam negativamente a natureza e, potencializando ações de preservação. Empresas que adotam práticas ESG ganham mais credibilidade social, isso é expressivo entre investidores que a cada dia têm migrado seus ativos para negócios sustentáveis, o que é uma excelente referência do necessário progresso econômico, com vistas ao equilíbrio social e moderação no uso dos recursos naturais.

Questões que envolvem o meio ambiente precisam de maior atenção, regulamentação e zelo. Políticas Públicas eficientes se fazem com representantes comprometidos com os bens da coletividade e com a população participativa e ciente dos seus direitos e deveres. Apenas quando aprendermos que somos nós que devemos pautar a agenda política, é que temas como a preservação ambiental e tantos outros serão tratados com a devida importância.

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