Papo furado de ‘Mister’?

Por Renato Naelesso

Papo furado de ‘Mister’?

Depois de uma novelinha que se arrastou nas últimas semanas, a diretoria do Palmeiras anunciou a renovação de contrato do técnico Abel Ferreira até o final de 2024. Novo vínculo de três temporadas que deixa o torcedor do Verdão esperançoso de que novos títulos virão, afinal o comandante português vem fazendo um grande trabalho e colecionando títulos importantes. Mas a pergunta que não quer calar é: até que ponto existe a certeza que ele concluirá esse novo período no cargo?

Vale lembrar a história do compatriota Jorge Jesus, que também fez uma excelente campanha no Flamengo em 2019. Pra quem já se esquecer esse tiozão teve mais títulos que derrotas no clube carioca (5 títulos x 4 derrotas). Finalizando aquela temporada ele firmou um novo vínculo de mais um ano, com direito inclusive a coletiva de anuncio e camiseta comemorativa. Pra que? Menos de um mês depois ele se mandou para o Benfica de Portugal, com os gringos supostamente bancando sua multa contratual. Desilusão total da Nação Rubro-negra como já era esperado.

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Isso significa necessariamente que o Abel vai repetir a atitude com o Palmeiras? Não. Mas pode fazer? Claro que sim. Se o Portuga continuar fazendo esse sucesso absoluto no Verdão dificilmente não surgirá um clube grande da Europa para bancar sua multa contratual. Foi assim inclusive nos seus dois únicos e últimos trabalhos da carreira: Braga e PAOK da Grécia. Em ambos o sucesso e o pagamento de multa motivaram suas transferências. Portanto não vejo essa história como papo furado de ‘Mister’, mas sim como uma realidade do futebol.

Seleção sem carisma

Nos últimos dias a Seleção Brasileira goleou o Chile pelas Eliminatórias e não vi NINGUÉM comentar comigo sobre isso. Impressionante o desdém do povo com esse grupo de jogadores formado pelo Tite. Muitas vezes fico tentando achar o real motivo para tamanha perda de identidade. Seria porque a CBF virou um aparente balcão de negócios comerciais? Seria a falta de comprometimento e patriotismo do principal ídolo do futebol nacional (Neymar)? Ou talvez o fato do técnico ignorar muitos jogadores que atuam com qualidade no Brasil para ‘oportunizar’ seus amigos de longa data? Difícil não afirmar que é um pouco de tudo. Mas o fato é que nunca vi na vida a Seleção tão distante de seu povo.