A especialista ainda citou a possibilidade de riscos físicos e psicológicos graves
Vitória Tedeschi Publicado em 11/08/2022, às 18h41
Há poucas semanas, o empresário e bilionário Elon Muskchamou a atenção de seus seguidores e internautas ao afirmar em suas redes sociais que “não faz sexo há tempos”.
Ele estava se defendendo de boatos de que teria se relacionado com Nicole Shanahan, ex-mulher de Sergey Brin, cofundador do Google e seu amigo. Não demorou muito tempo para as pessoas começarem a se perguntar: ficar anos sem ter uma relação sexual traz riscos à saúde?
Essa foi a pergunta respondida pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade da USP, que afirmou que a abstinência involuntária faz sim, mal à saúde e pode provocar angústia, mal-estar e desconforto, ainda mais se o praticante for uma pessoa saudável, que gosta e sente vontade de realizar o ato.
“É uma questão pessoal e de livre-arbítrio. Aqueles que não querem fazer sexo por um determinado período, se não estiverem em sofrimento, não precisam se preocupar. O problema é quando se quer fazer, porém, por inúmeros motivos, como falta de oportunidade, de um local adequado ou de um parceiro, não faz e sente a necessidade daquilo. Isso causa um sentimento de vazio, um desejo descontrolado, levando a desfechos negativos”, explica a psiquiatra ao repórter Eduardo F. Filho, do Globo.
Esses desfechos negativos, citados pela psiquiatra como “sofrimento”, podem trazer riscos físicos e psicológicos graves. Começando por uma crise de ansiedade criada pelo desejo insatisfeito, que evolui para uma depressão do sistema imunológico e posteriormente do sistema nervoso central.
O paciente se sente mais vulnerável, sua autoestima cai, seu corpo sofre alterações e fica fisicamente mais fraco, o que estimula o aparecimento de doenças bacterianas,virosese até mesmoinfecções generalizadas.
Sobre o tempo para abstinência começar a prejudicar a saúde, Carmita afirma que é variável. De acordo com ela, uma pessoa que faz sexo ao menos três vezes por semana, começa a sentir os primeiros sinais de sofrimento depois de cerca de 30 dias sem sexo. Já aqueles que mantêm relações espaçadas em 15 a 20 dias, ter um hiato de três a quatro meses não é algo preocupante.
Além disso, ela cita que a frequência sexual varia de acordo com a idade, depende de diversos fatores, como estilo de vida, saúde e libido, e tende a cair ao longo dos anos, conforme estudo do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Gênero e Reprodução,nos Estados Unidos.
“É normal ter essa queda no número de atividades sexuais com o decorrer dos anos em razão do aumento de responsabilidade. Os adultos têm emprego, filhos, orçamento doméstico, entre outras situações que acabam tirando o sexo do primeiro plano”, encerra a psiquiatra.
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