O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30), pelo diretor-geral, Tedros Adhanom
Mateus Omena Publicado em 30/01/2023, às 11h01
A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta segunda-feira (30) a sua decisão de manter o nível máximo de alerta para a pandemia da Covid-19, exatamente três anos após ter declarado a doença como urgência de saúde pública internacional.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, seguiu as orientações do comitê de urgência sobre a Covid-19, formado por diversos especialistas, que se reuniram na última sexta-feira (27).
"O diretor-geral da OMS concorda com o conselho oferecido pelo comitê em relação à pandemia de Covid-19 em andamento e determina que o evento continua a constituir uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O diretor-geral reconhece as opiniões do comitê de que a pandemia de Covid-19 provavelmente está em um ponto de transição e agradece ao conselho do Comitê de navegar cuidadosamente por essa transição e mitigar as possíveis consequências negativas", afirma a nota oficial.
Tedros Adhanom enfatizou que não se pode "controlar o vírus da Covid-19", mas apontou que é possível identificar vulnerabilidades nas populações e nos sistemas de saúde.
"Isso significa vacinar 100% dos grupos de risco, significa ampliar o acesso a testes e o uso de antivirais, significa tomar medidas específicas do contexto de quando houver um aumento nos casos, significa manter e expandir parcerias entre laboratórios e, por fim, significa lutar contra as notícias falsas".
A OMS classificou a Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional exatamente no dia 30 de janeiro de 2020, quando foi decretada uma pandemia.
No fim de 2022, a organização declarou que tinha a expectativa de que pudesse encerrar as emergências da doença e também da monkeypox (conhecida como Varíola dos Macacos) neste ano.
Até o momento, a OMS afirma que houve 669 milhões de casos da doença, sendo que mais de 67,8 milhões de pessoas morreram por complicações da Covid-19.
Já no Brasil, mais de 36 milhões de pessoas foram infectadas e quase 700 mil morreram desde o início de 2020. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, a doença matou 3.938 pessoas em dezembro, com média de 131 a cada dia.
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