Doença misteriosa no cérebro deixa dois mortos e três infectados no Brasil; saiba mais

Neste ano, cinco moradores de Salvador foram diagnosticados com Creutzfeldt-Jakob (DCJ), uma infecção rara e degenerativa que afeta o funcionamento do cérebro e não tem cura ou tratamento.

A doença pode se manifestar de quatro formas diferentes, uma delas é através da variante conhecida como "vaca louca". Porém, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nenhum dos casos registrados tiveram relação com consumo de carne contaminada.

Segundo a Secretaria Municipal de Salvador, o período de incubação da doença pode chegar a 30 anos, contudo sua evoluação até que o paciente venha a óbito acontece de maneira muito mais rápida, entre seis meses e dois anos depois da manifestação dos primeiros sintomas.

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Além das duas mortes já confirmadas no estado, a Sesab informou que mais dois pacientes estão internados e um quinto segue sendo monitorado pelos agentes de saúde.

Casos e transmissão

Na Bahia, uma mulher de 40 anos foi dignosticada com Creutzfeldt-Jakob e segue em monitoramento desde o dia 5 de setembro.

A mulher não tem histórico de comorbidades e iniciou a investigação dos sintomas no dia 15 de agosto.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ela não tem histórico de viagens para o exterior e casos de sintomas parecidos na família.

A transmissão da doença também segue em investigação, uma vez que não há estudos que comprovem sua forma exata.

Sintomas

A Creutzfeldt-Jakob tem um quadro de evolução muito rápido e pode ser diagnosticada a partir dos seguintes sintomas:

• Desordem cerebral com perda de memória;
• Tremores;
• Falta de coordenação de movimentos musculares;
• Distúrbios da linguagem;
• Perda da capacidade de comunicação;
• Perda visual.

Tratamento

A doença de Creutzfeldt-Jakob pode ser diganosticada através da realização de exames de sangue e neuropatológicos de pequenas partes do cérebro.

Sua principal forma de tratamento é feita com corticóides e antivirais. Porém, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com DCJ morrem dentro do período de um ano. Formas de tratamento para inibir a evolução da doença ainda são desconhecidas.