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Bolsonaro teme inelegibilidade e nega que tenha cometido crime

O discurso foi feito em um evento para brasileiros, em Orlando (EUA)

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 15/03/2023, às 11h57


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou recentemente sobre a possibilidade de inelegibilidade para 2026 e defendeu os apoiadores presos por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro nos prédios dos Três Poderes, em Brasília (DF).

A fala do político ocorreu durante um evento para brasileiros em Orlando, nos Estados Unidos, onde vive desde o fim de seu mandato. Bolsonaro foi derrotado nas últimas eleições por Lula (PT), que agora é presidente da República.

“Não tenho uma denúncia de corrupção, zero. O processo que vai ser julgado no TSE é pela reunião que fiz com embaixadores no ano passado. Foi o crime que cometi, mas infelizmente no Brasil, em alguns casos, você não precisa ter culpa para ser condenado”.

Embora tenha admitido que há possibilidade de se tornar inelegível, Bolsonaro disse que se for prisão, será apenas pela “ arbitrariedade".

Na quinta-feira (16), Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, vai prestar depoimento sobre sua participação na reunião com embaixadores no Palácio do Planalto.

Durante o esclarecimento, ele também será ouvido sobre a minuta do golpe encontrado em sua casa.

No evento em Orlando, Bolsonaro também se manifestou sobre a prisão de bolsonaristas após a tentativa de golpe, em 8 de janeiro.

"O objetivo disso tudo, no meu entender, é sepultar a direita que mal nasceu no Brasil", lamentou.

Bolsonaro afirmou também que ato é "direito" dos bolsonaristas. Ele citou como exemplo o acampamento em frente aos quartéis do Exército.

O ex-presidente está nos Estados Unidos desde 30 de dezembro de 2022, um dia antes de deixar a Presidência. No evento, ele se encontrou com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pela primeira vez após o escândalo das joias sauditas.

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