Diário de São Paulo
Siga-nos
Suspeito

PM é suspeito de matar companheira a sangue frio e crueldade choca

O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (10)

Feminicídio ocorreu na zona Oeste do Rio de Janeiro - Imagem: reprodução/Twitter @AlbuquerqueNo
Feminicídio ocorreu na zona Oeste do Rio de Janeiro - Imagem: reprodução/Twitter @AlbuquerqueNo

Thais Bueno Publicado em 10/10/2022, às 17h10


O soldado da Polícia Militar Thiago dos Santos Almeida foi preso como suspeito de ter matado sua companheira com pelo menos cinco disparos, na manhã desta segunda-feira (10), na frente dos dois enteados.

O crime aconteceu na Rua Sibéria, em Bangu, zona Oeste do Rio de Janeiro.

A moça, de apenas 32 anos de idade, era Ellen Ramos Soares Ribeiro. Ela, que era professora, foi encontrada pela prima Kelen Cristina de Freitas caída em um cômodo da residência de seus pais num horário próximo das 6h00.

Segundo informações da prima, o PM invadiu a casa dos sogros e matou Ellen na frente dos dois filhos da moça.

Kelen teria dito aos investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) que ouviu uma gritaria na residência e, quando foi ver o que havia ocorrido, encontrou a vítima já falecida.

De acordo a mulher, uma das crianças ainda relatou ter presenciado o crime.

A jovem assassinada era sobrinha do ex-deputado federal e ex-vereador Luiz Carlos Ramos. Com seu filho, o vereador Luiz Carlos Ramos Filho, o ex-deputado foi até o local do feminicídio.

Sidney Soares, de 62 anos, era o pai da professora. Ele desabafou:

"Ele matou a minha filha. Olha o que ele fez. Ela tinha dois filhos. O que vou falar com os meus netos? Ele veio à minha casa e matou a minha filha".

Segundo depoimento do tio da vítima, o vidraceiro Fernando José de Souza, o casal viajou para passar o fim de semana na Praia de Coroa Grande, em Itaguaí; no entanto, ontem à noite voltou a discutir.

Com isso, Ellen decidiu visitar a casa dos pais com as duas crianças. Thiago, por sua vez, ficou no imóvel que possuia com a companheira.

Ainda conforme explicações da família da moça, durante a madrugada desta segunda-feira (10), o policial teria ido até a casa onde a professora estava, pulado o portão, arrombado a porta, batido na mulher e, enfim, a matado no quarto da filha, de apenas três anos. Logo após o crime, fugiu.

O tio da vítima também relatou que Almeida tinha muito ciúmes e possuia traços de agressividade. Três meses atrás, a jovem teria sido agredida pelo homem. Ela até teria tentado se livrar do relacionamento, mas o policial não aceitava o término.

No final das contas, o militar se entregou horas depois de ter cometido o homicídio. Ele foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no Méier, e encaminhado para a DHC, que investiga o caso. 

O PM já tinha passagens criminais por violência doméstica.

Compartilhe  

últimas notícias