O garotinho faleceu no dia 10 de janeiro deste ano
Thais Bueno Publicado em 03/03/2023, às 15h16
No começo do mês de janeiro, mais especificamente no dia 8, o garoto Ian Henrique de Almeida Rocha, de apenas 2 anos de idade, deu entrada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em Minas Gerais, por suspeita de maus-tratos.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG), então, começou a investigar o caso. Os dois principais suspeitos de terem cometido tamanha crueldade com o pequeno eram o pai Márcio da Rocha Souza, de 31 anos, e a madrasta Bruna Cristiane dos Santos, de 34.
De acordo com informações do G1, os policiais chegaram a uma conclusão sobre o caso na última quinta-feira (02). Em entrevista para a imprensa, os agentes revelaram que o inquérito foi fechado depois de descobrirem que a madrasta era a única que tinha capacidade física suficiente para atacar a vítima.
A investigação do homicídio de Ian, morto com um golpe fortíssimo na própria nuca, chegou ao fim depois de quase dois meses do crime. Além disso, contou com uma simulação e análise extremamente detalhista do Instituto Médico Legal (IML).
Também foi revelado pelos policiais que a criança era vítima frequente de maus-tratos.
No local e época do crime, estavam três pessoas: o menino, a madrasta e a filha dela, de 5 anos. O pai estava trabalhando na hora do assassinato, mas a companheira disse que o filho dele tinha sofrido um acidente. Bruna Cristine dos Santos foi indiciada por homicídio duplamente qualificado.
Em relato ao veículo já mencionado acima, o delegado Diego Lopes, responsável pelo caso, deu mais detalhes sobre o ocorrido. "Uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que ficou demonstrado que ela foi golpeada na nuca, que provocou forte traumatismo craniano. A segunda qualificadora foi pela prática de homicídio contra criança e adolescente menor de 14 anos".
A criança só foi socorrida quando o pai chegou em casa, três horas depois do crime. O objeto usado pela madrasta para matar o menor de idade não foi identificado pela polícia, mas a lesão foi da nuca até o meio da cabeça.
"A morte do Ian foi provocada pela Bruna, uma vez que a gente descartou a possibilidade de ter sido um acidente, uma queda, e também descartamos a possibilidade que ele tivesse sido golpeado pela outra criança, a filha da Bruna", informou o profissional da polícia ao R7.
O pai do garoto, segundo as investigações da polícia, tentou esconder a omissão. Ele também foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.
Os peritos do IML disseram que traumas cranianos dessa intensidade levariam a uma alteração imediata do comportamento do garoto, seja por perda de consciência, convulsão, vômitos ou até mesmo por choro desesperador.
"É muito importante que as pessoas entendam a responsabilidade que elas têm em denunciar casos em que saibam, ouvem, suspeitam para as autoridades, para que nós possamos investigar e verificar se, de fato, há alguma coisa envolvendo essas crianças e evitar um resultado como o que aconteceu com a criança Ian", declarou a delegada Carolina Bechelany ao G1.
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