Mulher é estuprada e mantida em cárcere por quem ‘jurou amá-la’: “só sai morta!”

Um homem de 26 anos foi preso após manter a companheira em cárcere privado dentro de casa, sem celular e sob violência doméstica.

O crime aconteceu em Sete Lagoas, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), na última sexta-feira (19).

De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito ameaçava a namorada, de 23 anos, dizendo que não aceitaria o término e que ela só sairia de casa morta.

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Segundo os investigadores, a vítima conseguiu pedir ajuda ao se desvencilhar da prisão imposta pelo ex-namorado e chegar até um conselho tutelar. No entanto, o homem a perseguiu até a porta da instituição.

Em depoimento, a mulher explicou que o namorado havia ficado mais agressivo nos últimos dias e que ela tinha sido presa dentro de casa. Para manter a vítima presa, o homem a ameaçou com um faca e afirmou que ela “só sairia de casa morta” e que, se não ficasse com ele, “não ficaria com mais ninguém”.

O agressor pegou o celular da vítima para que ela não pudesse pedir ajuda ou ligar para a polícia. Em 20 dias, três chips de telefone da jovem foram quebrados por ele. Em casa, as portas e janelas ficavam trancadas, fazendo o único contato da vítima ser com o agressor.

Segundo a jovem, os dois namoravam há sete meses, desde que o suspeito saiu da cadeia - ele cumpre liberdade condicional por tráfico de drogas -. Antes da prisão, os dois namoraram mais oito meses, além de se conhecerem por 11 anos e terem uma filha juntos, de 6 anos.

A vítima alegou que, após a saída do companheiro da cadeia, eles vinham tendo diversos problemas, como brigas, mentiras, traições e agressões físicas e verbais. Há cerca de um mês ela havia se mudado para a casa do agressor.

Os agentes foram até a casa do casal, mas não encontraram o suspeito. Em seguida, a vítima recolheu os documentos e pertences seus e dos filhos. O agressor só foi encontrado na casa da sua mãe, embaixo da cama dela. Mesmo que a mulher tenha mentido dizendo que não sabia onde estava o filho.

Durante o momento da prisão e encaminhamento do agressor até a Delegacia de Polícia Civil, o suspeito tentou fazer contato diversas vezes com a vítima. Dentro da sede da polícia, o homem gritou pelo nome da mulher, dizendo que a amava e que não erraria mais com ela. Os militares impediram todos os contatos e mantiveram a jovem resguardada.

A mulher mostrou ter um hematoma na cabeça e no punho, além de dores nas costas e um corte superficial de faca na mão direita, que machucou quando tentou se defender das ameaças do namorado, mas ela recusou atendimento médico. Seu celular foi encontrado e devolvido, com a tela quebrada.