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Chocante

Motorista confunde garrafa de passageiro negro com arma de fogo e toma atitude absurda

O cliente pediu normalmente o serviço de corrida pelo aplicativo

Na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro Vila Isabel, um motorista de aplicativo agrediu um jovem. - Imagem: reprodução I G1
Na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro Vila Isabel, um motorista de aplicativo agrediu um jovem. - Imagem: reprodução I G1

Juliane Moreti Publicado em 18/11/2022, às 18h01


Na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro Vila Isabel, um motorista de aplicativo confundiu um objeto que estava com um passageiro dentro da bolsa, e o agrediu, imobilizando o jovem.

Carlos Eduardo era o passageiro e pediu um carro pelo aplicativo para ir à casa da mãe em um outro bairro. De acordo com o rapaz, tudo parecia tranquilo e ele e o motorista estavam até conversando.

Depois disso, Carlos alegou que estava distraído, com as mãos na cabeça e olhando para a janela. De repente, perto do final da corrida, Matheus Fortes, o motorista, deu uma arrancada no freio de mão, acompanhada de uma cotovelada no jovem, dizendo ''perdeu, neguinho'', e seguiu com a agressão, pegando o rapaz com um 'mata-leão'.

''Eu estava com a bolsa, que tinha guardada meu uísque, porque eu ia na festa e ia beber com meu primo. Aí, ele simplismente olhou a bolsa e ligou que fosse uma arma de fogo, achando que eu ia roubar ele'', afirmou Carlos, segundo o G1.

E então, uma confusão se estendeu, com a agressão por parte do motorista, que puxou o menino para fora do carro e Carlos, tentando se defender. Pessoas que estavam no locam repararam nos acontecimentos e uma delas filmou o ocorrido.

A Polícia Militar foi acionada. De acordo com as testemunhas, Matheus tentou fugir, mas foi impedido por quem viu o momento das agressões. Além disso, confirmaram que na bolsa do rapaz havia apenas uma garrafa de uísque e não uma arma.

Os dois foram levados para a 20ª DP da Vila Isabel e, na delegacia, o caso foi registrado como lesão corporal. Apesar disso, Carlos diz que foi vítima de racismo.

''Eu acho que eu fui vítima de racismo, né. Mais uma vítima de racismo. Eu só peço que pelo menos a Justiça faça sua parte. Não peço mal dele, não'', finaliza o jovem

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