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Crime

Alerta! Menina de 15 anos é estuprada durante situação comum

O suspeito foi preso em flagrante na última segunda-feira (21)

Caso aconteceu em Campo Grande - Imagem: reprodução/Freepik
Caso aconteceu em Campo Grande - Imagem: reprodução/Freepik

Thais Bueno Publicado em 25/11/2022, às 17h11


Um idoso, de 63 anos de idade, que se dizia pai de santo, foi preso em flagrante depois de estuprar, de forma desumana, uma adolescente de apenas 15 anos em uma 'sessão espiritual'.

De acordo com informações apuradas pela reportagem do UOL, o crime teria ocorrido na noite da última segunda-feira (21) em uma casa de umbanda no bairro Almeida Lima, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Nem o suspeito nem a vítima foram identificados pelo veículo.

Segundo informações da Polícia Civil, o homem teria levado a menina para uma "sessão privada". No local onde o crime ocorreu, então, ele forçou a menina a masturbá-lo e tocou nas partes íntimas dela.

Ele ainda comentou com a vítima que ela não deveria contar o ocorrido para ninguém. Conforme as autoridades, a adolescente teria deixado o local abalada e chorando. Com isso, falou sobre o abuso sexual para a mãe, que chamou a Polícia Militar.

Em depoimento para os agentes, o agressor revelou que não se lembrava do que havia acontecido e afirmou que estava "semiconsciente" e "incorporado por uma entidade" no momento.

O suposto pai de santo, que aparentemente não sabia de quase nada sobre as religiões de matriz africana, ainda disse que "o espírito incorporado retira a energia negativa de espíritos obsessores por meio das partes íntimas".

"[O suspeito] alegou que a vítima estava 'carregada' e cheia de problemas em sua vida pessoal. Confirmou que o que ocorreu foi devido sua necessidade de descarregar as energias ruins que havia absorvido da vítima durante a sessão", explicou a ocorrência da polícia.

O presidente da Federação das Religiões dos Povos de Terreiro MS-Ajô Nilê, falou, em entrevista ao UOL, que essas sessões são feitas, na maioria das vezes, em espaços comunitários, não privados.

"Quando há a necessidade de uma consulta individualizada, a nossa prática é estar sempre com um Cambono ou Ekedji [pessoa de confiança que cuida da entidade], justamente para transmitir as palavras daquela entidade ao consulente e também para não haver qualquer tipo de acusação ou desconfiança de qualquer pessoa, seja um filho de santo ou consulente".

"As entidades são de luz e vêm para trazer paz, amor, carinho, uma palavra amiga aos necessitados, uma cura espiritual e não para acometer qualquer tipo de atrocidade e ilicitude deste gênero", finalizou.

O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Campo Grande.

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