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Tragédia

Iraniano é assassinado a sangue frio após ação inusitada na vitória dos Estados Unidos; entenda

A informação foi revelada nesta quarta-feira (30)

A tensão entre os dois países passou para o futebol - Imagem: reprodução/Twitter @copaalemdacopa
A tensão entre os dois países passou para o futebol - Imagem: reprodução/Twitter @copaalemdacopa

Thais Bueno Publicado em 30/11/2022, às 17h46


A tensão entre Estados Unidos e Irã não é de hoje. Os dois países têm problemas recorrentes e recentes um contra o outro - o que, infelizmente, acabaram passando para o futebol na última terça-feira (29) com um terrível homicídio.

Dois grupos de direitos humanos informaram, nesta quarta-feira (30), que um iraniano que comemorou a eliminação do Irã na Copa do Mundo de 2022 no Catar foi assassinado a sangue frio, a tiros, por forças de segurança do país.

Ele foi morto em Bandar Anzali, cidade localizada na costa do Mar Cáspio, na última terça-feira (29), depois que o Irã perdeu por 1x0 para os Estados Unidos com gol de Pusilic

Conforme informações publicadas pela agência internacional de notícias francesa AFP, o nome do torcedor que foi assassinado era Mehran Samak. Ele tinha 27 anos de idade e estava em seu carro quando tudo aconteceu. 

As forças de segurança iranianas atiraram cruelmente contra o torcedor depois que ele usou a buzina de seu veículo quando a vitória estadunidense foi confirmada.

De acordo com a denúncia feita pelo grupo IHR (Iran Human Rights), que tem sede na Noruega, o homem "foi um alvo deliberado. As forças de segurança atiraram nele, na cabeça (...) após a derrota da seleção nacional contra os Estados Unidos".

O grupo Centro para os Direitos Humanos no Irã (CHRI), localizado em Nova York, também se manifestou sobre o assunto e confirmou que Samak foi morto por comemorar a eliminação do Irã na Copa do Mundo.

Jornalista preso

Rasmus Tantholdt, da rede dinamarquesa TV 2, é um repórter que está cobrindo a Copa do Mundo de 2022 no Catar. De acordo com o portal 'Yahoo', ele teria sido detido pela polícia depois de fazer gravações da torcida do Irã protestando pelos direitos das mulheres no jogo contra os EUA.

Foi possível ver que alguns torcedoresestava utilizando camisetas com as palavras "mulheres, vida, liberdade" estampadas nelas.

O jornalista gravou tudo com a câmera de seu celular e foi detido pelos policiais do país do Oriente Médio. Em seu perfil no Twitter, comentou: "Agora estou detido pela polícia do Catar por filmar iranianos que foram atacados por iranianos pró-governo".

Cerca de alguns minutos depois, voltou para as redes sociais para dar mais informações sobre o que havia acontecido depois: "E agora liberado novamente depois que eles me pediram para deletar minhas fotos, o que eu recusei".

Ele acabou postando também uma das filmagens que fez antes de ser pego pelas autoridades. Nele, é possível perceber que um casal diz "eles nos atacaram".

Confira:

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