Diário de São Paulo
Siga-nos
Viagem

Estudante tem rosto desfigurado enquanto dormia em ônibus de viagem: "Não estamos seguros"

A jovem viajava de Recife (PE) para Salvador (BA) no momento do ataque

Estudante tem rosto desfigurado enquanto dormia em ônibus de viagem: "Não estamos seguros" - Imagem: arquivo pessoal
Estudante tem rosto desfigurado enquanto dormia em ônibus de viagem: "Não estamos seguros" - Imagem: arquivo pessoal

Nathalia Jesus Publicado em 04/12/2022, às 20h30


Stefani Firmo, de 23 anos, teve o rosto cortado enquanto dormia durante uma viagem de ônibus para Salvador, na madrugada do dia 29 de novembro.

O crime aconteceu na altura da cidade de Conde, litoral norte da Bahia, local onde ela conseguiu prestar queixa sobre o ocorrido.

"Sempre que lembro fico abalada, porque eu poderia estar morta. Penso que foi um livramento de Deus, que pensou nos detalhes para que eu dormisse com o edredom até o pescoço e com o óculos no rosto", disse a estudante de enfermagem ao G1.

Apesar do caso ter sido protocolado como "lesão corporal leve" pela Deltur (Delegacia de Proteção ao Turista), a jovem relatou que precisou levar 18 pontos no rosto para conter o corte.

De acordo com a Polícia Civil, outros passageiros foram ouvidos, mas nenhum relatou ter visto o momento do ataque pois estavam dormindo.

Contudo, uma faca foi encontrada no ônibus sob posse de uma das passageiras, que negou veementemente a agressão. A polícia informou que a arma branca foi levada para perícia e, caso seja confirmada que foi utilizada no ataque, a portadora do objeto poderá ser indiciada por lesão corporal.

A Polícia Civil também afirma que já solicitou as imagens das câmeras de segurança de dentro do ônibus para auxiliar na investigação.

A estudante é natural de São Paulo, mas mora em Itabuna, na Bahia. Ela relatou que foi para Recife com uma amiga para fazer uma prova de residência e estava retornando para casa quando aconteceu a agressão.

Stefani contou que se preparou para dormir no ônibus e optou por se cobrir com um edredom até o pescoço e continuar de óculos. No meio da noite acordou com uma sensação de ardência no rosto e foi pedir ajuda para a amiga.

"Todos os passageiros tentaram ajudar de alguma forma, exceto a suspeita. Ela olhou para mim como se nada tivesse acontecido, não esboçou nenhuma reação", disse.

De acordo com a vítima, a mulher continuou no mesmo ônibus que ela até o destino final e exalava um ar de frieza e apatia.

"Ela desceu com a cara cínica do onibus. Todo mundo falando dela [e ela] parecia uma psicopata. Ela negou [que teria me cortado e ainda afirmou] que não tinha nada a ver com os problemas dos outros", lembrou.
Compartilhe  

últimas notícias