Diário de São Paulo
Siga-nos
Crime

Dois indígenas são assassinados de maneira cruel em fazenda ocupada por grupo

O crime aconteceu na noite da última terça-feira (17)

Vale mencionar que, desde o dia 1º de janeiro, o grupo já ocupou um total de três fazendas da região - Imagem: reprodução/G1
Vale mencionar que, desde o dia 1º de janeiro, o grupo já ocupou um total de três fazendas da região - Imagem: reprodução/G1

Thais Bueno Publicado em 18/01/2023, às 17h23


Na noite da última terça-feira (17), na BR-101, em trecho da cidade de Itabela, localizada no extremo sul do estado da Bahia, dois indígenas acabaram sendo brutalmente assassinados.

De acordo com informações da Polícia Civil, apuradas pelo G1, as vítimas foram identificadas como Nawir Brito de Jesus, de apenas 17 anos de idade, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25.

Segundo a corporação, ambos foram atingidos pelos disparos próximo ao horário das 17h00, no quilômetro 787, quando estavam indo do Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas por um grupo indígena, feita no processo de retomada organizado pelos povos Pataxós da região extremo sul do estado.

Conforme relatado pelo veículo já mencionado acima, desde o dia 1º de janeiro, o grupo já ocupou um total de três fazendas da região. 

Algumas testemunhas que teriam presenciado o crime reveleram que os tiros foram feitos por homens que estavam em uma motocicleta e tanto Nawir como Samuel foram atingidas nas costas.

A Polícia Civil também informou para o portal da Globo que não pode dar muitos detalhes sobre os assassinatos para que nada interfira na investigação dos crimes.

Depois dos dois homicídios, os indígenas organizaram e participaram ativamente de uma manifestação na BR-101, que ficou interditada por cerca de três horas, entre o horário das 19h00 e 22h00.

Após o protesto, o Movimento Indígena da Bahia e a Federação Indígena das Nações Pataxós e Tupinambás do Extremo Sul da Bahia (FINPAT) solicitou que a segurança aos povos da região, que estão em conflitos com fazendeiros, seja reforçada.

O pedido foi feito aos ministérios da Justiça e dos Povos Indígenas e também à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

O caso segue sob investigação da Delegacia Territorial (DT) de Itabela. Ainda não há nenhuma informação sobre quem cometeu o crime e nem sobre a motivação por trás dele.

Compartilhe  

últimas notícias