O crime que aconteceu há cerca de 1 mês e ainda não foi solucionado
Vitória Tedeschi Publicado em 12/12/2022, às 17h00
O crime que chocou não só os Estados Unidos como todo o mundo, quando quatro estudantes da Universidade de Idaho, Estados Unidos, foram brutalmente assassinados, segue sem solução.
Apesar do esforço do FBI (Departamento Federal de Investigação), da Polícia Estadual e da Polícia Municipal de Moscou, que seguem investigando o que teria acontecido na fatídica noite de 13 de novembro deste ano, ninguém ainda foi preso.
Um mês após o crime, ainda não há nenhum suspeito ou arma do crime que possa revelar o que aconteceu.
Além disso, a polícia ainda não deu grandes informações publicamente que ajudem a entender o crime, apenas divulgou uma linha do tempoque revela como as vítimas passaram algumas de suas horas finais.
Antes, para entender, vale citar que Kaylee Gonçalves, Madison Mogen, Ethan Chapin e Xana Kernodle - os estudantes da Universidade de Idaho que foram assassinados misteriosamente - moravam em uma residência próxima ao campus em Moscou, uma cidade universitária com cerca de 25.000 habitantes. E que eles tinham outros dois colegas de quarto em um apartamento de três andares e seis quartos.
Às 20h57, Gonçalves postou uma foto no Instagram, posando com quatro amigos e sorrindo - aparentando estar feliz -, em um lugar que parecia ter sido tirada na varanda de uma casa.
Na legenda ele escreveu: "Uma garota de sorte por estar cercada por essas pessoas todos os dias".
A foto mostra Mogen sentado nos ombros de Gonçalves, com Chapin e Kernodle ao lado deles (confira na imagem de destaque acima).
Além disso, naquela mesma noite, segundo a polícia, Chapin e Kernodle foram a uma festa no campus, e Mogen e Gonçalves foram a um bar no centro da cidade.
Mogen e Gonçalves foram vistas em imagens do Twitch - plataforma online para transmissões ao vivo -, às 1h41 perto de um food truck.
Elas gastaram $10 em um 'carbonara' do Grub Truckers e esperaram cerca de 10 minutos pela comida. Enquanto esperavam, elas foram vistas conversando entre si e com outras pessoas ao lado do caminhão, não aparentando estarem em perigo.
Acredita-se que Chapin e Kernodle tenham voltado para casa por volta de 1h45, equanto Gonçalves e Mogen chegaram por volta de 1h56.
Dylan Mortensen e Bethany Funke, as duas sobreviventes ao ataque voltaram para casa, depois da festa, antes dos quatro amigos, por volta da 1h.
As quatro vítimas foram esfaqueadas até a morte com uma faca de lâmina fixa entre 3h e 4h no segundo e terceiro andares da casa, segundo a polícia. A arma do crime não foi localizada.
As sobreviventes acordaram no final da manhã e chamaram alguns amigos para a casa porque acreditavam que uma das vítimas havia desmaiado e não estava acordando.
Uma ligação para o 911 - serviço de emergência americado - foi feita pouco antes do meio-dia sobre uma pessoa inconsciente na residência.
Assim que os policiais chegaram, encontraram a porta da residência aberta e avistaram os corpos dos quatro estudantes esfaqueados até a morte. Não havia sinais de entrada forçada ou danos pela casa.
Foi uma cena bastante traumática encontrar quatro estudantes universitários mortos em uma residência", disse mais tarde a legista do condado de Latah, Cathy Mabbutt, à afiliada da CNN.
Então, a polícia de Moscou divulgou um comunicado dizendo que quatro pessoas haviam sido encontradas mortas em uma casa fora do campus. E o presidente da Universidade de Idaho, Scott Green, cancelou as aulas naquele dia.
A partir daí, a polícia afirmou que os detalhes eram limitados e que ninguém estava sob custódia, e que eles não acreditavam que houvesse "um risco contínuo para a comunidade com base nas informações coletadas durante a investigação preliminar".
Moradores de Moscou, estudantes e famílias das vítimas começaram a criticar as informações limitadas e contraditórias divulgadas pelos funcionários públicos. Inclusive, o pai de Chapin, Jim Chapin, disse à Fox News Digital que a família estava frustrada com a "falta de informação" da universidade e da polícia.
Em uma coletiva de imprensa na quarta-feira, o chefe da polícia de Moscou, James Fry, revelou aos repórteres pela primeira vez que havia duas colegas de quarto na casa durante o terrível ataque, e elas não foram feridas.
Fry não identificou quem ligou para o 911 ou deu detalhes sobre a ligação recebida mais de 8 horas após os assassinatos.
As mortes dos alunos foram oficialmente consideradas homicídios em um comunicado à imprensa emitido pela legista do condado de Latah, Cathy Mabbutt: homicídio por esfaqueamento.
Ela disse que as vítimas provavelmente foram atacadas enquanto dormiam com uma "faca muito grande" e descreveu o ataque como "pessoal" em entrevista ao NewsNation. Cada uma das vítimas tinha várias facadas no tronco.
Em mais um comunicado à imprensa, a polícia afirmou que as sobreviventes não estavam envolvidas nos assassinatos, nem o homem desconhecido que foi visto com Gonçalves e Mogen no food truck em Moscou.
Também foi divulgado um mapa aéreo traçando os movimentos finais das quatro vítimas desde a noite de 12 de novembro até o momento de seus assassinatos.
Uma semana depois do crime, as autoridades ainda não tinham nenhum suspeito ou arma, disse o capitão da polícia de Moscou, Roger Lanier.
Apesar de terem recebido 646 denúncias e realizado mais de 90 entrevistas, disse o chefe de polícia Fry em entrevista coletiva.
Fry se recusou a identificar quem fez a ligação para o 911 da casa onde os alunos foram mortos, dizendo que apenas a ligação veio do telefone de um dos colegas de quarto sobreviventes. Ele não quis confirmar qual deles fez a ligação. Havia outros "amigos que chegaram ao local", disse Fry, acrescentando que a pessoa que ligou para o 911 não é suspeita.
A polícia de Moscou disse que analisou exaustivamente as informações sugerindo que Gonçalves tinha um 'stalker', mas não conseguiu identificar nenhum suspeito.
Ainda sobre a possibilidade de Gonçalves ter um 'stalker', a polícia disse que os investigadores identificaram um incidente em outubro no qual dois homens foram vistos em uma loja e um homem pareceu seguir Gonçalves para dentro e quando ela saiu para o carro. O homem não fez contato com ela.
Os investigadores contataram os dois homens e descobriram que eles estavam tentando apenas conhecer novas mulheres. E disseram acreditar que este foi um incidente isolado e não um padrão de perseguição e disseram que não havia evidências que sugerissem que os homens estivessem envolvidos nos assassinatos.
Os investigadores afirmam que estão interessados em falar com o motorista de um Hyundai Elantra 2011-2013 branco visto perto da cena do crime na época dos assassinatos.
"Os investigadores acreditam que o(s) ocupante(s) deste veículo podem ter informações críticas para compartilhar sobre este caso", disse o comunicado da polícia, observando que ele tinha uma placa desconhecida.
Até o momento, 12 de dezembro, estas são todas as informações disponíveis, do caso que segue um mistério sem solução.
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