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Crime misterioso

Alunos de Idaho: colegas de quarto sobreviventes quebram silêncio após assassinatos

Dylan Mortensen e Bethany Funke estavam na casa quando as mortes aconteceram e seguem sendo investigadas

Alunos de Idaho: colegas de quarto sobreviventes quebram silêncio após assassinatos - Imagem: reprodução redes sociais
Alunos de Idaho: colegas de quarto sobreviventes quebram silêncio após assassinatos - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 05/12/2022, às 15h15


Após o crime que chocou não só os Estados Unidos como todo o mundo, as duas sobreviventes, que estavam na casa, quando os quatro estudantes da Universidade de Idaho, Estados Unidos, foram brutalmente assassinados, se manifestaram pela primeira vez.

Foi durante um memorial na última sexta-feira (2) em Post Falls, Idaho, que um pastor leu cartas de Dylan Mortensen e Bethany Funke, as duas colegas de quarto que, segundo a polícia, provavelmente estavam dormindo durante o assassinato de suas colegas de quarto Madison Mogen, de 21 anos, Kaylee Goncalves, também de 21, Xana Kernodle, de 20 anos, e o namorado de Kernodle que estava passando a noite, Ethan Chapin, de 20 anos também.

Minha vida foi muito impactada por ter conhecido essas quatro pessoas lindas, por pessoas que mudaram minha vida de tantas maneiras e me deixaram tão feliz", escreveu Mortensen, de acordo com imagens do memorial compartilhadas pela ABC News.

"Maddie, Kaylee, Xana e Ethan eram realmente únicos. Todos eles iluminavam qualquer cômodo em que entrassem. Desejo todos os dias poder dar a todos um último abraço e dizer o quanto os amo", escreveu Funke.

Além das declarações, em suas cartas, Mortenson e Funke relembram memórias específicas de seus amigos com saudade. Eles também chamaram Mogen e Gonçalves, que eram melhores amigos, de "a dupla inseparável" e Chapin e Kernodle, que estavam namorando, de "o par perfeito".

Eu sei que em algum lugar Xana e Ethan estão juntos, fazendo companhia um ao outro, nos observando e dizendo que está tudo bem", escreveu ainda Mortensen.

Até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso. A arma do crime, que os investigadores acreditam ser uma faca de lâmina fixa, de acordo com os ferimentos nas vítimas, também não foi localizada.

As duas colegas de quarto sobreviventes,  Dylan e Bethany, não são suspeitas, de acordo com a polícia.  Elas estavam no primeiro andar da residência fora do campus e os assassinatos ocorreram no segundo e terceiro andares.

Após uma série de declarações conflitantes, o Departamento de Polícia de Moscou afirma acreditar que este foi um ataque "direcionado" - mas não tem certeza de quem era o alvo.

Os assassinatos seguem sendo investigados.

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Ethan Chapin, Madison Mogen, Kaylee Goncalves e Xana Kernodle / Imagem: reprodução redes sociais

Entenda o caso

Em uma residência próxima a um campus da Universidade de Idaho, na cidade de Moscow, Estados Unidos, quatro jovens foram encontrados mortos pela polícia, de maneira brutal, no dia 13 de novembro de 2022. 

As vítimas foram identificadas como Ethan Chapin, de 20 anos de idade, Xana Kernodle, também de 20, Madison Mogen e Kaylee Goncalves, ambas com 21. Os quatro foram assassinados de tal forma que deixaram não só a comunidade assustada, mas também as autoridades que investigam o caso.

Embora o homicídio quádruplo ainda tenha muitos mistérios para serem resolvidos, a causa da morte foi divulgada quatro dias após o crime, no dia 17 de novembro.

Segundo o periódico The New York Times, os policiais informaram que receberam um chamado sobre um "indivíduo inconsciente"; contudo, quando chegaram ao local, encontraram os quatro jovens mortos. Todos eram alunos da mesma universidade. 

O imóvel em que eles se encontravam era localizado em uma vizinhança próxima a uma caixa d'água estampada com o logo da faculdade. De acordo com a publicação, a cidade não tinha um assassinato registrado desde 2015.

Em entrevista para a Fox News, um agente que estava investigando o caso deu detalhes sobre a terrível cena do crime. O sangue das vítimas escorria pelas paredes, pingando do quarto do primeiro andar. O líquido também aparecia nos fundos da parte de fora da casa. 

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