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Mobilidade

SP enfrenta dificuldades para implantar ônibus elétricos, após proibição de coletivo a diesel

A suspensão da compra de novos veículos foi feita pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB)

Frota de ônibus públicos em São Paulo - Imagem: reprodução/SPTrans
Frota de ônibus públicos em São Paulo - Imagem: reprodução/SPTrans

Mateus Omena Publicado em 12/07/2023, às 17h12


A cidade de São Paulo passou a ter apenas um ônibus elétrico desde outubro de 2022, quando foi proibida a inclusão de novos veículos a diesel na frota de coletivos da cidade.

De acordo com um levantamento da SPTrans, empresa da prefeitura que administra o transporte público da cidade, a capital paulista tinha em outubro 219 veículos elétricos: 201 trólebus e 18 ônibus movidos a bateria. A situação não mudou tanto, em comparação com junho deste ano, quando operavam na capital 220 desses circulares — apenas um ônibus movido à bateria foi incluído.

A suspensão da compra e inclusão de novos veículos a diesel foi determinada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) na tentativa de fazer o município se adequar à Lei de Mudanças Climáticas e ao Programa de Metas da Prefeitura.

Segundo a prefeitura, até o fim de 2024, ano do término do mandato de Nunes, 20% da frota deve ser composta de veículos elétricos.

O que acontecerá com os ônibus mais velhos?

A gestão de Ricardo Nunes explicou ao portal R7 que o contrato de concessão com a Prefeitura estabeleceu que os ônibus devem ser trocados ao completarem dez anos da sua fabricação. Mesmo assim, esse processo não está acontecendo, o que pode estar relacionado ao veto a novos ônibus a diesel. A SPTrans informou que 396 ônibus acima da idade-limite estão sendo usados atualmente.

A empresa declarou que "estes coletivos são aceitos no sistema, desde que sejam apresentados para inspeção, sejam aprovados e com indicação de que sejam utilizados, preferencialmente, como reserva técnica". Ainda segundo a SPTrans, toda a frota passa por uma vistoria periódica, sendo que aqueles com mais de dez anos são checados com uma frequência maior.

Por outro lado, a SPTrans não esclareceu os motivos da demora em incluir novos ônibus na frota. A Prefeitura negociou um empréstimo de R$ 2,5 bilhões com dois bancos internacionais para financiar a troca da frota, e a expectativa é de poder usar esse dinheiro em breve.

Em nota, a empresa afirmou que as empresas concessionárias já apresentaram, até o momento, pedidos para aquisição de 2.292 ônibus elétricos. Eles deverão ser entregues entre 2023 e 2024: 1.624 unidades com previsão para este ano e 668 para o próximo.

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