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SÃO PAULO NO ESCURO

Ricardo Nunes pede rescisão de contrato com a Enel: "Ninguém aguenta mais"

Nunes acionou Aneel e TCU no último sábado (23); decisão ocorreu após apagão da semana passada

Nunes acionou Aneel e TCU no último sábado (23); Descisão ocorreu após apagão da semana passada - Imagem: Reprodução/Instagram @prefeitoricardonunes
Nunes acionou Aneel e TCU no último sábado (23); Descisão ocorreu após apagão da semana passada - Imagem: Reprodução/Instagram @prefeitoricardonunes

Ana Rodrigues Publicado em 25/03/2024, às 09h57


Na noite do último sábado (23), o prefeito Ricardo Nunes (MDB), confirmou a representação contra a Enel no TCU (Tribunal de Contas da União) e na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para pedir a rescisão do contrato com a concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo.

De acordo com a Folha de S. Paulo, ele anunciou que faria isso após os transtornos causados por apagões no centro da cidade durante a semana. A falta de energia elétrica prejudicou comerciantes, afetou o abastecimento de água e deixou pacientes sem atendimento na Santa Casa.

Além disso, acabou provocando o cancelamento de eventos como espetáculos teatrais e lançamento de livros e deixou no escuros prédios icônicos e turísticos, como o Copan e o edifício Itália.

Ninguém aguenta mais a Enel. Diante da ineficiência intolerável, agi novamente, representando junto à Aneel e ao TCU", disse Nunes.

De acordo com ele, a administração municipal tinha ingressado recentemente com duas ações contra a empresa nesses dois órgãos.

O prefeito ainda afirmou que o modelo de concessão impediu a prefeitura de intervir, o que cabe aos órgãos federais.

Não podemos continuar à mercê de um serviço tão deficiente. Exigimos a garantia de um serviço de qualidade, um direito básico", completou Nunes.

A empresa não comentou as declarações do prefeito. Em nota, que foi divulgada na última na sexta-feira (22), a empresa disse que os problemas começaram a partir de danos provocados em distintos circuitos subterrâneos, cuja reparação é complexa e demorada, devido as dificuldades e especificidades desse tipo de rede (galerias subterrâneas). Os circuitos que foram impactados estão nas regiões de Higienópolis, Santa Cecília e 25 de Março.

A companhia ainda disponibilizou geradores de médio e grande porte para abastecer os clientes impactados.

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