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Policiais Militares

Mortalidade causada por policiais de SP é a menor registrada desde 2001

Um levantamento divulgado nesta terça-feira (16) mostra que intervenção policial letal acontecia mais entre os adolescentes

Um levantamento mostra a redução no número de mortalidade por policiais, principalmente entre os adolescentes. - Imagem: reprodução I Freepik
Um levantamento mostra a redução no número de mortalidade por policiais, principalmente entre os adolescentes. - Imagem: reprodução I Freepik

Juliane Moreti Publicado em 16/05/2023, às 14h29


Nesta terça-feira (16), foi divulgado um levantamento sobre a atuação de policiais no estado de São Paulo.

O resultado mostra a redução nos números de mortalidades causadas pelas corporações, desde a instalação de câmeras nos uniformes. 

A porcentagem de queda mais significativa aconteceu entre os adolescentes, que chegou a 80,1% em 2022. De acordo com informações do portal G1, os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com a Unicef

O número bateu um recorde histórico da Secretaria da Segurança Pública, que não alcançava esse nível desde 2001, quando as mortes começaram a disparar e não tiveram pausa ou redução.

''Reduzir a letalidade provocada pela PM é oferecer perspectiva de vida para esse público, que vive sob a expectativa de ser vítima de violência policial'', diz Samira Bueno, diretora do Fórum. 

Os pesquisadores destacaram que essa queda entre crianças e adolescentes passou a aparecer em 2018 e ficou ainda mais acentuada em 2020, ano que foram instaladas as câmeras operacionais portáteis nas fardas dos profissionais

''Historicamente, adolescentes sempre foram os mais impactados por esse tipo de violência letal. Em 2020, pela primeira vez, essa população deixou de ser uma das que mais morre por intervenção policial no estado de São Paulo'', comenta Adriana Alvarenga, chefe do escritório dA UNICEF no estado. 

O estudo divulgou também a redução de mortes de policiais militares no mesmo período, após a COP, fora e durante o trabalho, chegando a 66% em 2022, número que, antes, em 2021, era 77%. 

No entanto, apesar do bom resultado, para a chefe do escritório da UNICEF, é preciso continuar investindo em políticas públicas.

O quadro ainda possui muito para ser para revertido, até porque, os dados revelam, também, que a maioria da população que sofre dessa violência, mesmo entre adolescentes, é negra. 

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