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Explicações

Mãe dos irmãos que pularam de sacada tenta se justificar

As crianças de 6 e 9 anos agiram assustadas após a chegada do Conselho Tutelar em um apartamento de Ribeirão Preto (SP)

Dois irmãos ficaram feridas pularem da sacada do apartamento em que moravam. - Imagem: reprodução I TV Globo
Dois irmãos ficaram feridas pularem da sacada do apartamento em que moravam. - Imagem: reprodução I TV Globo

Juliane Moreti Publicado em 21/07/2023, às 17h01


Na última quinta-feira (20), duas crianças ficaram feridas após pularem da sacada do apartamento que moravam em Ribeirão Preto (SP). Elas se assustaram com a chegada do Conselho Tutelar.

A queda de cerca de três metros fez com que os dois meninos sofressem apenas ferimentos leves, sendo encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste, e apenas o pequeno passará por uma cirurgia no pé, seguindo em internação.

O Conselho Tutelar teria ido à residência após denúncias dos vizinhos para apurar crimes de maus-tratos, violência doméstica e cárcere privado que os irmãos sofriam. 

De acordo com informações do portal G1, a mãe, Geslaine, comentou que eles estavam sozinhos porque ela precisava trabalhar. Contudo, teria deixado o café das crianças e voltaria por volta das 11h para servir o almoço.

Geslaine acrescentou tambem à polícia que conta com a ajuda de uma vizinha para deixar os meninos na escola e, ainda, recebê-los, na ausência dela. 

Além disso, a responsável afirmou que foi ela quem acionou o Conselho Tutelar para tentar matricular os meninos em uma escola integral. 

''Tudo o que nós fomos apurar foi constatado, e as crianças pularam do segundo andar do prédio. As crianças estavam em cárcere privado'', comentou a conselheira Marlene Colomb. 

Anteriormente, a conselheira disse que não percebeu o intuito dos meninos pularem da sacada enquanto a equipe conversava com eles - já que o apartamento estava trancado.

''Eu acredito que as crianças se assustaram porque temos a informação de que a própria mãe já as amedrontava dizendo que ia entregá-las para o conselho. Acho que foi aí que, de alguma forma, eles acharam que iam ser levados'', explica. 

Agora, os meninos ficarão provisoriamente com a tia, enquanto uma investigação é aberta em relação aos crimes denunciados, apesar da mãe ter sido liberada -e seguir sendo investigada. O pai das crianças mora em Santa Catarina e deve ser acionado. 

No corpo das crianças tinham marcas de violência e será necessário o exame de corpo de delito para confirmar a averigação. O ambiente era composto por uma higiene precária e pouca alimentação, conforme a conselheira.

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