A medida foi divulgada na terça-feira (28), no Palácio dos Bandeirantes
Mateus Omena Publicado em 01/03/2023, às 12h18 - Atualizado às 12h18
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou na última terça-feira (28) seu projeto de passar zeladoria de 500 escolas de São Paulo para a iniciativa privada.
A ideia é conceder serviços como manutenção, transporte e alimentação por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e, segundo o político, não irá interferir na parte pedagógica.
“Não estamos entrando na parte pedagógica, na questão da sala de aula, mas sim da infraestrutura, até para liberar os profissionais de educação para cuidar realmente da educação dos nossos jovens”, declarou Tarcísio.
Em um evento no Palácio dos Bandeirantes, o governador também anunciou um pacote de 15 concessões que pretende adotar no governo.
A medida é semelhante à adotada pelo governo do Paraná, quando o secretário da Educação era Renato Feder, hoje titular da mesma pasta no governo paulista.
Em outubro de 2022, a secretaria paranaense lançou um edital para contratar empresas para gerir 27 escolas estaduais. No entanto, o projeto foi alvo de críticas de sindicatos e diversos políticos, que apontaram que a ação se tratava de uma privatização do ensino público no estado.
Em fevereiro, Feder declarou à Joven Pan que a privatização da parte administrativa das escolas não era prioridade de sua gestão.
“A gente está vendo que em alguns lugares do Brasil há a terceirização da parte administrativa da escola. Então, a merenda, transporte, principalmente, reforma, pintura, manutenção, parte de TI. Algumas redes estão fazendo esse movimento e passando para a iniciativa privada essa parte administrativa, financeira, de manutenção e de construção. Não é a nossa prioridade, a nossa prioridade é a parte pedagógica, o que o aluno está aprendendo”, explicou.
Nesta semana, Tarcísio anunciou também um investimento inicial de R$ 5 bilhões para executar a “PPP da Educação” nas 500 escolas. O governador espera ampliar as parcerias para toda a rede estadual de ensino.
“Nós vamos ter uma empresa responsável pela gestão da infraestrutura para que depois isso seja escalado. Nossa ideia é que no futuro a gente possa ter todas as escolas geridas, do ponto de vista de infraestrutura, pela iniciativa privada”.
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