A decisão passou por aprovação do governador Tarcísio de Freitas
Thais Bueno Publicado em 07/05/2023, às 17h56
O governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), deu início a um processo de reorganização das escolas do estado após o fim do primeiro bimestre do ano letivo. Com a medida, mais de 300 salas de aula devem ser fechadas em diferentes instituições de ensino.
De acordo com informações do G1, somente 9 das 35 regiões do estado não devem ser atingidas pela ação. Dados revelados pela Secretaria da Educação revelaram que os alunos não serão transferidos de colégios e turnos; porém, haverá um redimensionamento de 0,3% (312) do total de 104 mil salas.
Segundo o órgão, a mudança segue uma resolução de 2016, que teve mudanças em 2018. No documento, estaria definido que a final de cada bimestre, constatado o aumento ou diminuição da demanda escolar, a Diretoria de Ensino deveria seguir com o redimensionamento de classes.
"As incorporações ocorrem em outras turmas da mesma unidade e do mesmo turno, adequadas à rotina escolar dos alunos. E o quadro permanente de professores não tem perda de aula", declarou a Secretaria da Educação.
"Se, ao final de cada bimestre, a rede constatar o aumento ou diminuição da demanda escolar, a Diretoria de Ensino deverá reavaliar e proceder o devido redimensionamento, adequando à realidade local. É dada total garantia pedagógica do ensino aos estudantes".
A medida vem sendo muito criticada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), alegando que é obrigação da Secretaria Estadual da Educação fazer uma busca efetiva pelos alunos que deixaram de ir à escola, além também de desmembrar salas superlotadas.
Uma pesquisa feita pelo sindicato demonstrou que, de forma geral, 326 classes dos ensinos médio e fundamental serão fechadas em toda a rede estadual.
A Apeoesp destacou que, na visão deles, o governo deTarcísio deseja, na verdae, promover uma "reorganização disfarçada", colocando também que essa ação pode causar o fechamento não só de um grande número de salas de aula, mas também de escolas inteiras.
O levantamento da entidade pontuou que Araras (SP) é a localidade mais afetada, com 36 classes de 18 escolas sendo fechadas. Logo atrás do município, vem Osasco, na Grande SP, em que 9 escolas devem ter redução de salas.
Em depoimento para o veículo já mencionado acima, a professora Bebel explica como a medida do governo de São Paulo pode levar ainda mais ao sucateamento da rede de ensino pública do estado.
"Quanto mais cheia é uma sala de aula, menos humanizado é o aprendizado. A escola precisa de espaço e de contato com os alunos para trabalhar temas como ataques".
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