Brasil registra 10,6 mil feminicídios em oito anos

No ano passado, aproximadamente 1,4 mil mulheres foram mortas, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Entre 2015 e 2023, o Brasilregistrou cerca de 10,6 mil vítimas de feminicídio, de acordo com a pesquisa.

Conforme informa o portal Agência Brasil , isso equivale a uma taxa de 1,4 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Esse número mostra um aumento de 1,6% em comparação com o ano de 2022.

Em 2023, São Paulo registrou o maior número de feminicídios, totalizando 221 casos. Apesar disso, a taxa do estado é menor que a média nacional, com uma morte para cada grupo de 100 mil mulheres. Em relação a 2022, houve um aumento de 13,3% nos casos de feminicídio no estado.

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Entretanto, Mato Grosso teve a maior taxa de feminicídios, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Isso significa que, em números absolutos, foram registrados 46 casos de feminicídio no estado no ano passado.

Já em Roraima,  foi registrado o maior crescimento de feminicídios, passando de três para seis em 2023. No ano anterior, a taxa ficou em 1,9 mulheres para cada 100 mil.

No Distrito Federal, observou-se um aumento de 78,9% nos casos de feminicídio de 2022 para 2023, totalizando 34 ocorrências no último ano. Com essa elevação, a taxa chegou a 2,3 mortes para cada 100 mil mulheres.

Também vale ressaltar que os estados do Acre, Rondônia e Tocantins ocupam o segundo lugar nas taxas mais altas de feminicídios, com 2,4 mortes para cada 100 mil mulheres.

Feminicídio é o assassinato de mulheres motivado pelo fato de serem mulheres. Isso ocorre quando há violência contra a mulher, seja por causa de seu sexo ou por menosprezo à condição feminina. A Lei nº 13.104/2015, sancionada em março de 2015, definiu o feminicídio como um crime específico no Brasil.