Diário de São Paulo
Siga-nos
Segurança em SP

1 em cada 4 delegados de Polícia no Estado de SP é mulher

O levantamento, feito pelo Sindpesp, também apontou que a cada 3 policiais civis, 1 é mulher

1 em cada 4 delegados de Polícia no Estado de SP é mulher - Imagem: divulgação
1 em cada 4 delegados de Polícia no Estado de SP é mulher - Imagem: divulgação

Vitória Tedeschi Publicado em 09/03/2023, às 10h06


Um levantamento do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) revelou que a cada 4 delegados de Polícia no Estado de São Paulo, 1 é mulher. O dado foi levantado a partir de um quadro de 29.769 profissionais, sendo 2.559 delegados na ativa.

Deste número, como 2.061 são homens e 498 são mulheres, foi descoberto que a cada 4 delegados homens, uma é mulher.

Além disso, o Sindpesp também levantou que, do total de policiais civis paulistas em funções diversas, a cada 3 homens, 1 é mulher.

A pesquisa mostra que apesar das conquistas femininas na área da segurança, que foi historicamente destinada aos homens, ainda há muito espaço a ser ocupado para uma maior representatividade e igualdade.

Um exemplo disso é que, das 498 delegadas na ativa, apenas 17 estão na classe especial - o topo da carreira. São 180 delegadas de primeira classe no estado de São Paulo; 225, na segunda; e 72, na terceira.

Vale citar que apenas delegadas de classe especial e com atuação em cargos diretivos podem tomar assento no Conselho da Polícia Civil (CPC) - órgão consultivo do delegado-geral, de alto escalão e que tem a missão de propor importantes medidas e normas que envolvem a carreira policial:

Hoje, temos 4 delegadas neste Conselho. É um avanço, se considerarmos que, por muitos anos, não havia nenhuma. São delegadas que estão à frente da Acadepol (Academia da Polícia Civil), do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Corregedoria e no Gabinete do delegado-geral", detalha a presidente em exercício do Sindpesp, Márcia Gomes.

Márcia também afirma que o cenário na Polícia Civil espelha a realidade das mulheres brasileiras, que são maioria da população, e apesar de estarem conquistado mais espaços nas diferentes profissões, ainda são minoria nos altos escalões, na administração superior, tanto na iniciativa privada, quanto na carreira pública:

"A mulher precisa ter seu valor reconhecido e ser respeitada em todas as esferas da sociedade. Por outro lado, quando analisamos friamente os números que temos, dentro e fora da Polícia Civil, percebemos que ainda há um longo caminho pela frente. Comemoramos as conquistas, é claro, mas ainda há muito o que desbravar", afirma a ela.

É importante citar que a preocupação da linha de frente do Sindpesp é embasada em números, como o principal dado que mostra a presença das mulheres como delegadas, que mostram que, ainda segundo Márcia, é preciso "reconhecer que, mesmo num ambiente ainda predominante masculino, a Polícia Civil, na vanguarda das instituições de Segurança Pública, proporciona oportunidade para a mulher demonstrar o seu talento".

Um contingente feminino se dedica, todos os dias, à proteção da população paulista, nas mais diversas especialidades. As policiais enfrentam os mesmos riscos que os homens, lidam com a violência e são expostas ao perigo", diz ela.

Mulheres na Segurança de SP

Em suma, o levantamento da Sindpesp revela que: fos 29.769 policiais civis paulistas, 21.836 são homens e 7.843 são mulheres, ou seja, a cada 3 policiais homens, há 1 mulher.

Destas, excetuando as delegadas, são 7.843 na ativa em funções diversas, como escrivãs (2.112), investigadoras (1.008), agentes de telecomunicações (612), peritas criminais (465), agentes policiais (461) e setoristas administrativas (1.006).

Além dos cargos citados, existem ainda mulheres nas equipes de papiloscopistas e auxiliares; fotógrafas e desenhistas técnico-policial; auxiliares de necropsia; atendentes de necrotério policial; e médico-legistas.

Compartilhe  

últimas notícias