por Kleber Carrilho
Publicado em 18/11/2023, às 09h49
Neste fim de semana, tem eleição na Argentina. E, como no Brasil a gente gosta de futebol, todo o mundo já definiu o seu lado. Quem apoia Bolsonaro está torcendo por Javier Milei, quem está com Lula torce por Sérgio Massa. Porém, vale lembrar que não é só a nossa torcida que vai resolver o problema na Argentina.
E, afinal, o que está em jogo neste eleição? Por mais que haja uma possibilidade de retomada da economia na Argentina, afinal, existem recursos naturais, capacidade de desenvolvimento da indústria, da produção agropecuária e uma série de outros fatores para que haja um sucesso econômico no nosso vizinho, o que a gente precisa pensar é o que está acontecendo agora.
E o que está acontecendo é realmente algo muito grave: uma instabilidade econômica cujo resultado mais visível é uma hiperinflação que, claro, tem a responsabilidade direta do atual governo, de quem Sérgio Massa é o candidato oficial.
O mais curioso é que Massa que foi o ministro da economia deste governo. E como é que seria possível que, em meio a um grave problema econômico, o ministro da economia poderia ser eleito presidente?
Isso é realmente muito complexo, e abriu caminho para o opositor, que não explicou ainda como é que vai fazer para realizar o milagre que promete. Isso porque Milei, se você teve a oportunidade de ver em várias entrevistas e vídeos que estão pela internet, diz que vai resolver todos os problemas da Argentina acabando com ministérios, cortando relações com países que ele considera que são de esquerda, inclusive o Brasil.
Porém, a gente também sabe que na Argentina o Congresso tem muito poder. E Milei, mesmo querendo fazer tudo isso, não tem nenhum dos grandes partidos nas mãos. Para que ele realmente cosiga fazer algumas das reformas que promete, vai ter que negociar. E aí é que está o maior problema: Milei nunca foi um grande político, e parece não ter essa capacidade de negociação que é essencial para se manter na Presidência.
Fazer um governo funcionar, principalmente num país como a Argentina, em que o Congresso é forte, não é tarefa para qualquer um. É só ver o número de presidentes que eles tiveram nas últimas décadas, desde a redemocratização.
Portanto, mais do que torcer para um ou para outro, a gente precisa torcer para a Argentina sair do buraco, e isso depende de muito trabalho de qualquer que seja o presidente eleito.
Milei, ao se adaptar ao que realmente é a política, esquecendo das loucuras que ele cita, inclusive das mensagens do cachorro que morreu e dos astros, poderia ser um bom presidente? E Massa, será que conseguiria se desvencilhar do governo do qual participou para fazer com que a Argentina consiga ter sucesso econômico?
Portanto, é fim de semana de torcida pela Argentina. Para que o milagre de resolver os problemas econômicos realmente ocorra, sem precisar de um maluco (afinal, a gente sabe que isso não funciona) nem de uma estrutura que não trouxe aos argentinos a tranquilidade tão necessária.
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