Diário de São Paulo
Siga-nos
COLUNA

Qual é o balanço que podemos fazer do Brasil em 2023?

Qual é o balanço que podemos fazer do Brasil em 2023? - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert
Qual é o balanço que podemos fazer do Brasil em 2023? - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert

Kleber Carrilho Publicado em 23/12/2023, às 05h57


E o ano vai chegando ao fim. Teve tanta coisa que nem parece que foi um ano só: Posse do novo velho presidente, dos novos governadores, deputados e senadores, ataque à Praça dos Três Poderes, pataquadas aos montes no nosso cotidiano político, duas nomeações para o STF, crises e mais crises no mundo e no Brasil.

Mas pelo menos temos algumas boas notícias. E uma delas é que o nosso país está sendo visto como um parceiro mais estável no ambiente internacional. O primeiro ano do novo governo, embora seja claro que possamos ter diversas críticas, foi um sucesso em termos econômicos.

Principalmente agora, com a finalização de um projeto com tantos anos de adiamentos, a aprovação da tão sonhada reforma tributária, o Brasil mostra que, apesar de ter diversos problemas que, com coisas que ainda devem ser acertadas no meio do caminho, estamos avançando na atuação do Estado.

Depois de uma paralisia institucional de quase 10 anos, desde as crises políticas do governos Dilma 2, estamos correndo atrás de organizar a casa.E isso faz toda a diferença no ambiente internacional, nas parcerias com outros governos e, principalmente, na possibilidade de que as empresas possam planejar o futuro.

Afinal, com a estabilização do ambiente econômico interno, muito além do governo, são as empresas brasileiras que passam a ser vistas, a partir de uma boa avaliação do Brasil, como boas parceiras também para o mercado internacional.

O crescimento do PIB, que está acima daquilo que se esperava, é um destaque no mundo. Mas a gente tem que levar em conta que esse resultado tem muito a ver com o agronegócio e, se não houver um projeto muito claro de reindustrialização, de inovação, de empresas de tecnologia para fazer com que haja uma melhor distribuição de renda no país, realmente teremos problemas no longo prazo.

Portanto, o ano termina com boas notícias para o Brasil na economia no ambiente internacional. É claro que as questões internas, como a segurança, a instabilidade política que ainda perdura, impactam a vida de todo o mundo. Porém, na relação com o resto do mundo, as coisas melhoraram muito. E isso é uma retomada.

Vamos torcer para que, no ano que vem, essa tendência continue e, principalmente, para que a gente tenha soluções mais claras para os problemas internos. Para isso, a interação entre as diversas forças políticas precisa continuar em cooperação. E será que isso acontece com a proximidade das eleições municipais? Veremos!

Mas, antes de mais nada, temos festas pela frente. E, com elas, sempre é bom ter esperança.

Compartilhe  

últimas notícias