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Coluna - De Olho No Poder

Jesus também foi declarado "persona non grata"

A coluna está tratando de Bíblia e não política

Rejeitavam a Jesus, odiavam sua mensagem pacificadora. E, não esqueçamos que Jesus era um deles, nascido e criado. Era judeu - Imagem: reprodução Freepik
Rejeitavam a Jesus, odiavam sua mensagem pacificadora. E, não esqueçamos que Jesus era um deles, nascido e criado. Era judeu - Imagem: reprodução Freepik

Jair Viana Publicado em 20/02/2024, às 17h07


JESUS - Em meio a tanta polêmica no mundo político, a coluna de hoje vai tratar um pouco da história de Jesus, o filho de dona Maria e seu Zé. Ele nasceu em Belém (não do Pará), passou tempo em Nazaré e acabou dependurado numa cruz, no Gólgota. Olha só que interessante, pois o Gólgota fica no Portão de Damasco, em Jerusalém, hoje terra do Benjamin Netanyahu. Bom, melhor deixar o Nyahu de lado, pois ele anda meio nervoso, dando tiro na direção de Gaza.

ESCONDIDO - Jesus andou muito pela terra Santa. Seu papel era pacificar aquele povo. Não deu certo, pois Ele falava muito em paz, amor, solidariedade, empatia, acolhimento e respeito aos diferentes. A coisa ficou tão complicada que desde pequenininho andou tendo que se esconder lá pelo Egito. Os caras queriam pegá-lo.

VAZOU - Lembro que li num dos evangelhos que Jesus estava na sinagoga (igreja da época) e falava dEle mesmo como filho de Deus. O pau comeu de um jeito que Ele teve que vazar rapidinho pra não ser jogado do cume do monte. Os seus irmãos de fé, os crentes bolsonaristas da época, que liam a Torá, oravam, jejuavam; tinham uma vida religiosa, queriam matá-lo, atirando-o do monte. Os motivos: falar que era filho de Deus e querer a paz. Ele correu pra escapar da morte de monte.

NON GRATA - Na verdade, na verde, digo a vocês, leitores, que Jesus também foi declarado "persona non grata". Uns carinhas da época ficaram fulos da vida quando Jesus se apresentou como filho de Deus. Os caras piraram e foi aí que queriam jogá-lo monte abaixo. Eles rejeitavam a Jesus, odiavam sua mensagem pacificadora. E, não esqueçamos que Jesus era um deles, nascido e criado. Era judeu. A coluna está tratando de Bíblia e não política.

DENÚNCIA - Teve um rapaz, cujo nome era João. Ele era desses que saiam por ai com com um livro sagrado e pregavam sobre perdão de pecados e salvação. Ele era tão bom nisso que deixou alguns escritos e eles foram publicados com o título de Evangelho de João. O livro fez sucesso. Os judeus não curtiram muto porquê o João disse que eles queriam matar a Jesus. Foi lá pelo versículo 18 do 5º capítulo. Neste trecho, João conta que um cara que era doente tentava entrar no taque de Betesda para tentar sua cura.

AJUDOU - Jesus ajudou o cara a se jogar no tanque e ele saiu curado. A cura dele teria dado vontade naquele povo de matar a Jesus. No versículo 18 tá bem claro sobre isso. Jesus passou apertado nas mãos daquela gente. Como já dito acima, eles o declararam como pessoa não grata no meio deles. Era assim, se alguém falasse em paz ou denunciasse a perversidade daquele povo, segundo os evangelhos, eles se iravam contra o cara e ele passava a ser persona non grata e corria o risco de ser cravado numa cruz lá no monte Caveira, o Gólogota.

JEJUM I - O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e um dos fervorosos defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu à sua comunidade religiosa para orar e jejuar pelo evento do próximo dia 25, domingo, na Paulista.

JEJUM II - Jesus, enquanto esteve na Terra, jamais mobilizou seus seguidores para jejuns. Ele ensinou que devemos orar. O jejum que Deus sempre exigiu, não foi abster-se de alimentos e água. O jejum que agrada a Deus está em Isaías 58, mas o Malafaia não ensina. A bolsolatria infectou a igreja evangélica brasileira, criando uma espécie de "quatrindade", onde Bolsonaro aparece como figura central.

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