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Revisitando o posicionamento à luz da sustentabilidade

Revisitando o posicionamento à luz da sustentabilidade - Imagem: Freepik
Revisitando o posicionamento à luz da sustentabilidade - Imagem: Freepik

Leonardo Augusto de Campos Publicado em 04/08/2022, às 08h27


A definição estratégica de uma empresaé o primeiro passo para obtenção da vantagem competitiva sustentável. Esta definição consiste em dizer – para dentro e para fora – quais problemas pretende resolver com as soluções que desenvolve, ou seja, que valor gera. A criação de valor está relacionada com diferentes variáveis, entre elas o conhecimento, a inovação e a sustentabilidade.

Estas variáveis permitem que a empresa seja mais competitiva, seja em custos menores ou adotando uma postura diferenciada. O posicionamento é clássico na literatura de estratégia empresarial, mas ganha novos contornos com as mudanças na sociedade que apresentam novas necessidades e desejos dos consumidores.

Ao observarmos com atenção, a indústria vem se adaptando a estas mudanças de diversas formas, mais ou menos sutis. Por exemplo: hoje é comum vermos nos rótulos dos produtos, informações que ultrapassam as exigências legais. Avalia-se como importante disponibilizar ao consumidor a informação que aquele produto foi desenvolvido sem testes em animais, ou que a empresa produtora é participante de iniciativas sociais.

No caso da sustentabilidade, produtos com menor pegada de carbono são cada vez mais buscados, como alimentos orgânicos, sacolas e copos reutilizáveis. As pessoas procuram por opções que emitem menos poluentes ou que compensem esta emissão por meio de alguma estratégia de captura de carbono. Esta demanda suscita a realização de projetos e aplicação de recursos em ações que possam ser trabalhadas dentro do marketing verde.

Então, ser competitivo na atualidade – e assim deve ser daqui para frente – implica, entre outros posicionamentos, ser sustentável. Além de conduzir ao sucesso de longo prazo dos negócios, habilita as organizações a desenvolver novos mercadose/ou modelos de negócios. O futuro é verde, não há dúvida.

Sobre o autor

Leonardo Augusto de Campos é Mestre em Gestão e Tecnologia em Sistemas Produtivos pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS). Especialista em Administração Industrial pela Universidade de São Paulo (USP). Engenheiro Mecânico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua há mais de vinte anos como gestor industrial e de qualidade e processos em empresas nacionais e multinacionais de diversos setores. Atuou como professor em cursos de graduação em universidade privada e como professor colaborador do curso de Pós-Graduação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Pesquisa nas áreas de Estratégias Empresariais, Inovações Sustentáveis e de Energias Renováveis.

[email protected]

www.linkedin.com/in/leonardo-campos

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