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A Donzela de Ferro ainda manda

Por Marcelo Emerson

A Donzela de Ferro ainda manda
A Donzela de Ferro ainda manda

Redação Publicado em 02/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 22h44


Por Marcelo Emerson

A Donzela de Ferro ainda manda

Qualquer pessoa que possua um conhecimento razoável do universo da música pop atual apostaria que artistas como Olívia Rodrigo ou Billie Eilish estariam nas primeiras colocações das paradas de sucesso. Não seria surpresa que os rappers Drake e Kanye West também figurariam nas primeiras posições das “charts” com seus recentes lançamentos.

Mas, se alguém disser que uma banda que toca heavy metal tradicional (formada por seis integrantes que já ultrapassaram a marca dos 60 anos de idade e que não se rendem às modas do momento), estaria disputando os primeiros lugares das paradas, talvez algum incauto poderia duvidar disso.

É porque ele não sabe nada sobre o Iron Maiden. Banda formada em 1975 na zona leste de Londres, capitaneada pelo baixista Steve Harris, um apaixonado pelo time de futebol West Ham, que largou os treinos nas categorias base do clube para deixar o cabelo crescer e se dedicar a formar uma das maiores bandas de heavy metal do mundo.

No dia 3 de setembro, o Iron Maiden lançou seu 17º álbum de estúdio, chamado Senjutsu, que é uma palavra japonesa que significa “tática e estratégia”.

O álbum alcançou a primeira posição nas paradas da Alemanha, Áustria, Espanha, Bélgica, Croácia, Finlândia, Hungria, Itália, Portugal, Suécia e Suíça, figurando sem segundo lugar na Inglaterra e terceiro nos Estados Unidos.

É um feito e tanto para uma banda que não se rende dobra às tendências musicais de ocasião e segue fazendo a música que seus integrantes realmente querem fazer: um heavy metal influenciado por rock progressivo, com toques de folk e até Southern rock.

Os singles que precederam o lançamento do álbum já tinham causado bastante repercussão entre os fãs de rock pesado no mundo inteiro, com as músicas “The writing on the wall” (que fala sobre geopolítica mundial com referências bíblicas) e “Stratego” (lealdade e sacrifício em ambiente de guerras).

Outras músicas têm letras que abordam temas existenciais (“Lost in a lost world”), nações conquistadas (“Death of the Celts”) e a situação atual do mundo (“Hell on Earth”), dentre outros.

O Iron Maiden transcendeu a posição de banda de heavy metal que busca apenas entreter o público. Tornou-se uma verdadeira instituição que representa todo um estilo musical no cenário “mainstream”, sem desapontar sua imensa base de fãs fiéis que saúdam a banda com um slogan que se assemelha ao grito de torcidas de futebol: “Up the Irons”.

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